Ficou em prisão preventiva o professor de 50 anos indiciado pela prática de, pelo menos, 2000 crimes de abusos sexuais de menores. As alunas que foram vítimas pelo professor quando tinham 6 e 9 anos, declararam as agressões sexuais, ao referirem as conversas de cariz sexual e os toques nas zonas íntimas.

Póvoa do Lanhoso. Professor detido por 2000 crimes de abusos sexuais a alunas menores
Póvoa do Lanhoso. Professor detido por 2000 crimes de abusos sexuais a alunas menores
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De acordo com o "Correio da Manhã", o docente dava presentes às alunas, para que as mesmas não o denunciassem. As meninas que foram vítimas deste professor eram consideradas as alunas mais introvertidas. Os abusos eram praticados pelo professor desde o ano letivo 2017/2018, em contexto de sala de aula.

Contudo, nos seus 24 anos de carreira, trabalhou noutras escolas, pelo que “o perfil deste suspeito indicia fortemente que a conduta é sistemática e que vem ocorrendo ao longo do tempo”, refere António Gomes, diretor da Polícia Judiciária de Braga, mencionado pelo “CM”.

Após ser detido esta terça-feira, 7 de maio, pela Polícia Judiciária de Braga, o professor confessou alguns dos crimes praticados. No entanto, quando presente no Tribunal de Braga, ficou em silêncio perante o juiz, que decretou prisão preventiva até ao julgamento.

No decorrer da investigação, foram contabilizadas, através das nove alunas que foram vítimas e já identificadas, os 2000 crimes de abusos sexuais. “Falámos com as vítimas sinalizadas e percebemos, pelos relatos, que os crimes poderiam ainda estar a acontecer no presente”, disse Raul Torres, inspetor-chefe da PJ de Braga, citado pelo “Correio da Manhã”.

Além dos crimes de abusos sexuais de menores, o professor do primeiro ciclo está indiciado por um crime de pornografia infantil, quando pediu a uma aluna que lhe enviasse fotos de natureza sexual.

A direção do agrupamento de escolas da Póvoa de Lanhoso, onde o professor de 50 anos trabalhava, definiu a abertura de um processo disciplinar e procedeu à suspensão do docente, como refere a Agência Lusa, citada pela CNN Portugal.  O Gabinete de Apoio à Parentalidade, no município da Póvoa de Lanhoso, disponibilizou apoio psicológico às vítimas e às respetivas famílias.