A Torre Eiffel está com ferrugem e precisa de uma reparação total, refere a revista “Marianne”. De acordo com os relatórios confidenciais a que teve acesso a publicação, desde 2018 que o icónico monumento de Paris está a ser pintado para os Jogos Olímpicos de 2024. De acordo com os relatórios, a pintura vai custar 60 milhões de euros. A revista refere é a “reparação mais cara do século XXI e a mais ineficiente em toda a história do monumento”.

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As fontes da revista francesa afirmam que a Torre Eiffel está “em muito mau estado” e que, ao longo dos anos, a infraestrutura tem vindo a ficar cada vez pior, sem ser sujeita a qualquer intervenção.

Assim que surge ferrugem em qualquer estrutura de metal é obrigatório proceder a alguma intervenção. Tal como explica especialista à “Marianne”, “o mais importante seria responder ao surgimento da ferrugem. No entanto, 133 anos depois, em alguns sítios, a ferrugem venceu e está a corroer o ferro, como as térmitas fazem na madeira”.

Os trabalhos na Torre Eiffel estão muito atrasados devido à pandemia e por ter sido detetada a presença de chumbo na pintura antiga. O plano era que, até ao momento, 30% do monumento estivesse decapado e com duas novas camas de tinta. Mas até agora, desde o início da pintura, em 2018, apenas 5% da Torre foi recuperada.

Uma opção para avançar o ritmo de recuperação da Torre Eiffel seria encerrá-la ao público durante algum tempo. Contudo, a empresa responsável pela exploração do monumento não permite, porque isso significaria perder a entrada de cerca de 13 mil visitantes diários.

Além disso, qualquer problema que aconteça com a Torre Eiffel coloca em perigo a vida dos milhares de visitantes. Uma fonte diz à revista “Marianne”, que “não é provável que caia amanhã de manhã, mas é verdade que não está nada bem”. “É muito simples, se o Gustave Eiffel [engenheiro que desenhou a torre] visitasse o monumento, desmaiava”.

Os avisos para as reparações e manutenções da Torre Eiffel não são uma novidade. Em 2010, a SETE, empresa que gere o monumento, foi aconselhada a aplicar outra “política de manutenção”, devido ao desgaste da estrutura. Quatro anos depois, em 2014, outro relatório identificou “rachas e ferrugem acentuada”. E um terceiro relatório, em 2016, assinalou “844 reparações que devem ser feitas, incluindo 68 que representam riscos para a durabilidade do monumento”.