Michael Tatschl, amigo e ex-companheiro de cela de Christian Brückner, não tem dúvidas do seu envolvimento no desaparecimento de Madeleine McCann. O homem de 47 anos a viver na Áustria, falou com o jornal inglês “The Sun” e explicou que o amigo lhe falou em vender crianças em Marrocos.

“Sei que foi ele. Eu estava a viver com ele naquela época e tive a certeza que era ele no minuto que a polícia veio falar comigo em abril do ano passado”, garantiu. “Ele falou em vender crianças, talvez em Marrocos. Acho que provavelmente deve ter vendido Madeleine a alguém, talvez num cariz sexual. Eu realmente não pensei nisso na altura, mas talvez devesse”.

Tatschl foi inclusivamente interrogado pela polícia alemã o ano passado e disse à mesma publicação ter ficado surpreendido por a polícia portuguesa não ter revistado a casa que partilhavam na altura na Praia da Luz. Isto porque sabia que o amigo tinha um esconderijo no telhado de casa, onde provavelmente guardava as coisas que roubava a turistas naquela zona. “Quando fomos presos, ele ordenou que um amigo alemão se livrasse de qualquer evidência”, recordou.

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A juntar a todas estes factos, Tatschl acrescentou ainda que Christian Brückner era “definitivamente pervertido e mais do que capaz de raptar uma criança por brincadeiras sexuais ou dinheiro”. A crença tornou-se maior depois de ter assistido ao documentário sobre o desaparecimento na Netflix. “Quando vi o documentário, alguns dias antes de a polícia me interrogar, soube imediatamente que ele era culpado”, reiterou. “Quando uma turista feminina falou sobre um homem aparecer à sua porta enquanto o filho brincava no chão à frente da porta – sendo que a descrição era de um homem assustador com acne e cabelos loiros – eu soube que era o Christian”.

Michael Tatschl, agora pai de uma criança, explicou que a última vez que esteve em Portugal foi em fevereiro de 2007, poucos meses antes do desaparecimento de Madeleine. “Voltei à Praia da Luz em fevereiro de 2007 e encontrei o Christian acampado perto da cidade. Ele estava a adorar e acho que vendia drogas. Fiquei um pouco com ele e depois voltei a Espanha”.

Poucas semanas depois do desaparecimento da criança de três anos, Christian Brückner seguiu o amigo até Andaluzia. “No final de maio ou início de junho, ele chegou a Espanha com a sua carrinha americana. Ele sabia que eu tinha conexões com o mundo da droga e que poderia ajudá-lo a ganhar dinheiro”, explicou. “Achámos que ele era pervertido, mas não pensámos que ele pudesse gostar de crianças pequenas”.