A acusação do Ministério Público contra José Castelo Branco pelo crime de violência doméstica foi deduzida a 4 de novembro e tornada pública na segunda-feira, 25 de novembro. O socialite enfrenta uma pena que pode ir de dois a cinco anos de prisão, de acordo com a legislação em vigor.  

José Castelo Branco reagiu à acusação numa publicação no Instagram, na qual continua a defender a sua inocência.  “Eu vou sobreviver. Deus é minha testemunha”, escreveu na publicação. Em resposta ao comentário de um internauta, o socialite disse ainda que a acusação chega a ser caricata. 

O despacho de acusação refere que o arguido "apertou o pescoço da Betty Grafstein até ela sentir dificuldades em respirar” e que José Castelo Branco também agrediu a mulher “desferindo murros por todo o corpo e empurrando-a", avançou a SIC Notícias. 

De acordo com a acusação, José Castelo branco, de 61 anos, agredia física e verbalmente a mulher, de 95 anos, há quase 30 anos. Desde o início do casamento, em 1996, que o socialite chamava Betty Grafstein de “feia” e “velha” todos os dias, revelou o “Correio da Manhã 

Em maio passado, Betty Grafstein foi internada no hospital CUF Cascais e é aí que denuncia as alegadas agressões por parte do marido. No entanto, a norte-americana já tinha pedido ajuda a uma amiga, no dia 23 de março. 

“Antes de um jantar com amigos, o arguido gritou com a Betty e esteve a vesti-la, tratando-a como se fosse um boneco. Depois, forçou-a a calçar uns sapatos que causavam dores na vítima. A vítima chorava e queixava-se. O arguido acabou por desistir e foi buscar outros sapatos. Betty aproveitou esse momento para sussurrar à Marcella (amiga) ‘Ajude-me, por favor’”, avançou a mesma publicação. 

Segundo o “Correio da Manhã”, o Ministério Público notificou Betty Grafstein para que, no prazo de 20 dias, junte pedido de indemnização civil contra José Castelo Branco e que caso não o faça, será o tribunal a fixar essa quantia. 

Sabe-se ainda que há 14 testemunhas para o julgamento, entre elas o filho da criadora de joias, Roger. Consta do processo um dispositivo electrónico com ficheiros áudio de duas conversas entre a mulher e a testemunha Marcella Fernandes, gravadas por esta. 

No que diz respeito à defesa de José Castelo Branco, esta critica as “incoerências” da acusação e vai pedir a abertura da instrução do processo. “Queremos colmatar as nulidades processuais. Não queremos que a prova seja o diz que disse. É sempre em datas não concretamente apuradas”, contou o advogado Pedro Nogueira Simões ao “Correio da Manhã”.