São três asteróides que passam perto da órbita do sol, mas estão no caminho da terra, sendo um deles potencialmente perigoso. O alerta foi dado esta terça-feira, 1 de novembro, pelo astrónomo Scott Sheppard, do Instituto Carnegie para a Ciência. O asteróide em causa tem 1,5 quilómetros de diâmetro e embora se encontre bastante distante do nosso planeta representa um perigo pelas suas dimensões. É mesmo o maior asteróide a entrar na rota do nosso planeta nos últimos oito anos, revela a revista "Ciência Plus", citando um comunicado oficial do NOIRLab, o laboratório norte-americano que conduz esta análise.
Ao asteróide de maiores proporções foi-lhe dado o nome de 2022 AP7. De momento, encontra-se perto do sol e a sua trajetória é ainda imprevisível, visto que ao passar por junto de outros planetas irá sofrer o efeito das forças gravitacionais, que farão com que possa mudar de rumo, ganhar velocidade, perder ou mesmo partir-se.
Mas, como qualquer asteróide, a trajetória vai ser lentamente modificada devido às forças gravitacionais exercidas sobre ele, nomeadamente pelos planetas, o que torna qualquer previsão a longo prazo muito difícil, adiantou o cientista. Nos últimos oito anos, não foi registado nenhum asteróide de dimensões maiores, daí que este se enquadre na categoria dos assassinos de planetas, como são chamados. "Até agora, encontrámos asteróides de grandes dimensões na rota da terra, a rondar 1 km de diâmetro, o que leva a que lhes tenhamos chamado de Assassinos de Planetas", refere Scott Sheppard.
É, no entanto, demasiado cedo para fazer previsões catastróficas, já que os três asteróides ainda estão muito longe da terra e demorarão ainda muito tempo até que se possa prever que destino irão levar. Ainda assim, caso existisse um impacto do maior deles com a terra, isto originaria um levantamento de poeiras tão grande que iria levar a que a luz solar fosse bloqueada durante demasiado tempo, causando alterações catastróficas no planeta, que poderiam levar à extinção de várias espécies e até da humanidade.