Foram precisas 700 horas, 11 meses, e 56 mil peças para concluir a replica do emblemático navio do filme "Titanic", que se afundou em 1912, depois de sair do porto de Southampton, Inglaterra. A história do navio, que foi um sucesso no cinema, e deixou as personagens interpretadas por Kate Winslet e Leonardo DiCaprio à deriva no mar, estreou nas salas há 22 anos, e foi uma inspiração para Brynjar Karl Bigisson, de Reiquiavique, Islândia.

Tal como o filme marcou a vida de tantas pessoas, também marcou a deste rapaz. Foi aos 9 anos que Brynjar, com espectro autista, começou a desenvolver a ideia de pegar em LEGO, depois de visitar a Legolândia, na Dinamarca. "Pela primeira vez, vi todos os modelos LEGO de grande escala e fiquei realmente fascinado com a escala e estrutura das construções", disse o jovem ao site "Bored Panda", acrescentando que já há muito tempo adorava tudo o que estava relacionado com navios.

Depois de aprender tudo o que havia para saber sobre o navio emblemático que se afundou originalmente há 108 anos, passou esses detalhes para a prática e nada escapou na maior réplica LEGO do Titanic no mundo. Contudo, não o fez sozinho.

"O meu pai ajudou-me a criar uma página de crowdfunding para conseguir o dinheiro de que precisava para comprar os LEGO. Além disso, foi-me oferecido um armazém para construir o modelo e todos os dias, depois da escola, construía durante três a quatro horas durante 11 meses até finalizar o meu modelo LEGO Titanic", contou ao mesmo site. O resultado está à vista.

Agora, Brynjar já tem 17 anos, um site próprio, milhares de seguidores na página de Facebook, dedica o verão a transportar pessoas num ferry para uma ilha junto à Islância, Viðey, e tem até um documentário — "Como o Titanic tornou-se o meu bote salva-vidas" — que mostra como o autismo, diagnosticado quando tinha 5 anos, nunca foi um entrave para conseguir criar uma peça de tamanha dimensão e até o ajudou a desenvolver as sua capacidade de comunicação.

Brynjar Karl
Brynjar Karl créditos: Brynjar Karl/Facebook

"Enquanto não há cura para o autismo, há formas de o desafiar", diz Brynjar no site.