Se já tem bilhetes comprados para voar pela easyJet ou tenciona fazê-lo, atenção. A companhia aérea anunciou esta segunda-feira, 20 de junho, que planeia cancelar milhares de viagens no sentido de ganhar margem de manobra para "consolidar proativamente" os planos de voos.
Quatro mil voos serão cancelados até ao fim de junho, sendo que, entre julho e setembro, a easyJet planeia suspender, pelo menos, mais oito mil viagens. A maioria dos voos cancelados estão ligados aos aeroportos de Londres Gatwick, na capital do Reino Unido, e de Amesterdão, nos Países Baixos, mas outros aeroportos também serão afetados, escreve o "Jornal de Notícias", que avança que a companhia ainda não revelou que outros aeroportos sofrerão perturbações.
Falta de pessoal e elevada procura terão motivado a decisão, que surge numa altura em que sucessivos atrasos e a cancelamentos de voos se têm vindo a registar. O aeroporto de Gatwick, por exemplo, anunciou esta sexta-feira, 17, que estava a limitar o número de voos diários em julho e agosto para evitar uma repetição do caos das últimas semanas.
Entre "atrasos no controlo do tráfego e falta de pessoal" nos aeroportos, "a aviação na Europa enfrenta dificuldades operacionais", explica o chefe executivo da EasyJet, Johan Lundgren, com a ressalva de que se registou uma retoma "sem precedentes" do tráfego aéreo nos primeiros seis meses do ano, intimamente relacionada com o alívio das restrições impostas pela pandemia.
O responsável garante que esta é a "ação certa a tomar (...) neste ambiente desafiante", cita o "Correio da Manhã".
O que acontece aos passageiros cujos voos serão cancelados?
A companhia aérea garante que os passageiros afetados serão notificados com a devida antecedência e, nesse sentido, terão a possibilidade de remarcar as viagens em causa. "Esperamos conseguir remarcar a maioria dos passageiros para voos alternativos", afirma a empresa, que espera que muitos dos lesados possam continuam a viajar "no mesmo dia da reserva original".
De acordo com as regras que a União Europeia, as companhias aéreas têm o dever de anunciar o cancelamento de um voo com mais de 14 dias de antecedência. Caso contrário, os passageiros visados terão de ser compensados.
Apesar do cenário atual, a companhia mostra-se positiva. Recentemente, a easyJet ganhou o concurso para ficar com 18 slots diários da TAP, que se traduzem em faixas horárias para descolagem e aterragem. Neste momento, é a companhia aérea número 2 no aeroporto de Lisboa, ultrapassando assim a Ryanair.