Tratar da casa, fazer o jantar, planear o dia seguinte, cuidar dos filhos – e ainda mandar uns últimos emails de trabalho. O ato de fazer várias funções ao mesmo tempo, a arte do multitasking, é geralmente atribuído às mulheres, que têm, aparentemente, o dom de encaixar no seu dia, os filhos, o trabalho, os eventos sociais, a família e o que mais houver.

Mas uma investigação publicada esta quarta-feira, 14 de agosto, mostra que as mulheres não são melhores no multitasking que os homens e que, na verdade, ninguém é mestre na arte de conjugar várias tarefas ao mesmo tempo.

Este estudo esteve a cargo de investigadores alemães e comparou as habilidades de 48 homens e 48 mulheres em identificar letras e números. Em algumas experiências, foi pedidos aos participantes que focassem a sua atenção em duas tarefas ao mesmo tempo – o tal multitasking – enquanto que a outros lhes foi pedido para dividir a sua atenção em duas tarefas diferentes – o chamado multitasking sequencial.

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As experiências mostraram que o cérebro humano não consegue completar múltiplas tarefas de uma vez só. Esta situação complica-se ainda mais se as duas tarefas forem semelhantes, uma vez elas compete pela mesma parte do cérebro, o que torna o processo de multitasking extremamente difícil.

No entanto, o cérebro humano é mais capaz de mudar rapidamente as atividades que faz, ainda que as execute uma de cada vez. Esta situação dá origem à ilusão de que a pessoa está a fazer várias atividades ao mesmo tempo quando, na verdade, apenas muda a sua atenção de uma tarefa para outra rapidamente.