Lolita foi capturada do mar quando tinha 4 anos. Viveu mais de 50 anos em cativeiro, num aquário em Miami, nos Estados Unidos. Em março, o Miami Seaquarium anunciou que a orca iria finalmente ser devolvida ao oceano. Mas o mamífero morreu antes disso.
Aquela que foi a casa deste animal durante mais de cinco décadas recorreu às redes sociais esta sexta-feira, 18 de agosto, para divulgar que Lolita tinha morrido. "Apesar de ter recebido o melhor atendimento médico possível, ela morreu na tarde de hoje, do que se acredita ter sido um problema renal", escreveram.
Lolita não estava bem, pois sofria com alguns problemas de saúde. A água da piscina onde ficava causava-lhe infeções na pele. Era frequentemente alimentada com peixes podres, o que levou a que ficasse com problemas intestinais. A orca capturada em 1970 no oceano Pacífico media cerca de seis metros e pesava 3,1 toneladas.
Tinha 56 anos, tendo-se tornado a orca mais velha em cativeiro. Estava prestes a reformar-se. A 30 de março, os donos do aquário anunciaram, nas redes sociais, que ela iria ser libertada nos próximos dois anos. Ia ser levada para Puget Sound, um estreito do oceano Pacífico cujas águas pertencem ao estado norte-americano de Washington.
Vários ativistas lutaram pela libertação de Lolita. Quando esta notícia chegou, a alegria foi geral. Mas foi tarde demais. O animal não resistiu e, portanto, morreu sem voltar a conhecer a liberdade, depois de décadas a atuar para os visitantes do Miami Seaquarium.
O aquário norte-americano avançou ainda que estará fechado este sábado, 19 de agosto, "para permitir que a equipa reflita acerca da vida e do legado da Lolita". "É uma altura verdadeiramente triste para nós. Agradecemos as palavras de afeto e apoio. Vamos reabrir no domingo", concluíram.