A seleção norte-americana venceu o Campeonato Mundial de Futebol Feminino este domingo, 7 de julho, depois de derrotar a Holanda na final disputada em França. A comitiva chegou esta quarta-feira, 10 de julho, aos Estados Unidos, onde foi recebida em festa — e com pedidos de igualdade de género.

Tal como aconteceu em Portugal aquando da conquista do Europeu de 2016 pela seleção nacional, a equipa norte-americana deslocou-se à Câmara Municipal de Nova Iorque para a habitual cerimónia perante os milhares de adeptos. Neste caso, porém, os festejos acabaram por funcionar como protesto contra a desigualdade de género.

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De acordo com o jornal britânico "The Independent", as jogadoras da seleção norte-americana alegadamente usaram o processo de discriminação de género que apresentaram contra a US Soccer como confetes para a festa. A guarda-redes Ashlyn Harris, que utilizou o Instagram para fazer uma reportagem dos festejos, mostrou isso mesmo.

Numa Storie, a jogadora surge a amachucar uma folha do processo, com a legenda "Paguem-nos" e a afirmar: "O nosso processo? Está nas árvores, cabra". Nos Stories seguintes é possível ver a jogadora a chutar outras folhas do documento presentes no chão, e até mostra outra jogadora, Allie Long, a colocar uma folha na boca em forma de protesto.

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Nas redes sociais também houve quem partilhasse imagens destes confetes de documentos oficiais do governo, incluindo uma jornalista. "Os confetes que caíram durante o desfile da #USWNT são feitos de documentos triturados. Espero que sejam documentos secretos do governo", escreveu no Twitter. "O processo como confetes. Elas fizeram isso", escreveu outro utilizador.

Segundo o "The Independent", em março a seleção feminina apresentou uma ação contra a US Soccer, acusando a organização de "discriminação institucionalizada de género" sobre os salários, bem como das condições de treino e do tratamento médico.

Este processo surge após as declarações de Alex Morgan e Megan Rapinoe à revista "Sports Illustrated" sobre a desigualdade salarial. "Toda a gente está a perguntar o que vem a seguir e o que é que queremos disto tudo. Agora é parar e conversar sobre pagamentos iguais", afirmou Rapinoe, citada pelo "The Independent".

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