Ainda vamos ter de esperar dois anos até carregar o chapéu de praia e as geleiras para a areia da nova "praia" do Tejo. É na zona da bacia norte da marina do Parque das Nações, em Lisboa, que se vão instalar 230 metros quadrados desta piscina natural flutuante ecológica, de acordo com o jornal "Público".
E porquê ecológica? Porque vai funcionar com água do rio Tejo — devidamente tratada, passando por processos de gradagem, microfiltração e ultrafiltração por membranas, conforme adianta o jornal "Expresso". Contudo, esta é apenas uma medida de precaução porque, de acordo com o administrador da empresa Águas do Tejo Atlântico, Hugo Xambre Pereira, "a água do rio não tem grandes problemas desde a obra feita na ETAR de Alcântara e até provas de triatlo já se fazem no Tejo".
O único perigo poderia ser a localização caso a praia fosse instalada no Cais das Colunas ou nas zonas ribeirinhas de Santos, Belém e Pedrouços, mas depois de avaliadas e serem constados possíveis problemas de segurança, em parte devido às correntes do Tejo, a bacia norte da marina do Parque das Nações foi o local eleito.
À semelhança deste projeto, já existem outras "praias", ou piscinas naturais flutuantes, em capitais europeias como Paris, a La Villette, no rio Sena, em Berlim onde fica a Badeschiff, no rio Spree, e ainda em Helsínquia, localizada no mar Báltico.
Lisboa junta-se agora a estas capitais europeias e o projeto surge no âmbito da distinção Lisboa Capital Verde Europeia 2020, cuja apresentação do programa de atividades relacionadas com sustentabilidade teve início este sábado, 11 de janeiro. A "praia" é um dos projetos e está à responsabilidade das Águas do Tejo Atlântico.
O jornal "Expresso" avança ainda que além da "praia" com capacidade para receber entre 800 a 1100 pessoas, à volta serão instaladas várias infraestruturas, como esplanada, solário, cafés e balneários.