"Lisboa Menina e Moça", uma das canções emblemáticas do fadista Carlos do Carmo, que morreu na sexta-feira, 1 de janeiro, aos 81 anos, vai ser "canção oficial de Lisboa". O anúncio foi feito pelo presidente da Câmara Municipal de Lisboa, Fernando Medina, no Facebook, horas após as cerimónias fúnebres que tiveram lugar na Basília da Estrela, em Lisboa, na manhã desta segunda-feira, 4 de janeiro.

"É a melhor homenagem que a cidade pode prestar a Carlos do Carmo, durante anos o grande embaixador do Fado", afirma Fernando Medina na publicação. A decisão teve parecer positivo dos vereadores da Câmara Municipal de Lisboa, que consideraram que a canção "perpetua a importância do fadista para Lisboa".

O presidente do município avança ainda que a Câmara Municipal de Lisboa tem intenção de homenagear Carlos do Carmo "atribuindo o seu nome a uma rua ou a um equipamento de Lisboa", diz Fernando Medina, que também esteve presente nas cerimónias fúnebres celebradas em dia de luto nacional decretado pelo Governo.

Por enquanto, pela cidade de Lisboa, em vez do nome prestam-se outras homenagens públicas ao fadista, através de cartazes que dizem "obrigado, Carlos do Carmo".

"É um dos melhores cantores do mundo, ainda por cima é português. Devemos muito ao Carlos do Carmo o facto de ele ter reinventado o fado e hoje em dia já não há medos. Ele quis dar às pessoas aquilo que ele acreditava e não aquilo que as pessoas queriam. Ele estava sempre a falar do ]Frank] Sinatra, mas ele era tão bom como o Sinatra", disse o fadista Camané à porta da Basílica da Estrela.

Nas cerimónias fúnebres também estive presente um dos melhores amigos de Carlos do Carmo, o maestro António Victorino D'Almeida, o primeiro a chegar ao local, bem como a fadista Carminho, o cantor Luís Represas e o músico Mário Laginha.

Fora do mundo da música, outras personalidades também compareceram para o velório e missa de Carlos do Carmo. É o caso dos jornalistas Ricardo Costa, Joaquim Sousa Martins, Nicolau Santos e José Carlos Castro, o ex-secretário de estado da Cultura José Barreto Xavier, a viúva de Nicolau Breyner, Mafalda Bessa e o governador do Banco de Portugal, Mário Centeno.