Mariana Degener e Pablo Martinez de Salinas podem ter-se conhecido em plena pandemia, mas o distanciamento social não foi suficiente para impedir a relação de florescer. Prova disso é que a irmã de Inês Degener Tomaz e cunhada do craque português Bernardo Silva vai dar o nó com o companheiro, numa localização idílica e que, segundo a mesma, pisca o olho à atmosfera de "Mamma Mia": o Convento de Blanes, na Costa Brava, em Espanha.
Tal como a irmã, que subiu ao altar há pouco mais de um ano e teve igualmente uma cerimónia de sonho, localizada no coração do Douro, também Mariana Degener vai ter um dia digno de um conto de fadas – afinal, é assim que a sua relação, num panorama geral, podia ser descrita, apesar de ter arrancado numa época tão atípica. Contudo, em vez de vinhas, será junto à praia, com rochedos e mar como pano de fundo.
O local não podia ser mais simbólico. Afinal, além de ser um dos destinos em que o noivo passa férias desde tenra idade, foi lá que foi pedida em casamento, iluminada pela luz do luar e entre o barulho da maresia. É quase como fechar um ciclo, já para não dizer que casar em frente ao mar sempre foi um desejo para cuja concretização sempre lutou arduamente – algo que acontece, finalmente, esta sexta-feira, 19 de julho.
Depois disso, Mariana Degener embarcou numa despedida de solteira animada, que teve lugar no Rio de Janeiro. Por lá ficou uma semana – ao mesmo tempo que o companheiro também se divertia na América do Norte, mas na cidade de Tulum, no México –, tendo tido a oportunidade de se despedir da vida de solteira com o melhor de todos os mundos: idas à praia, atrações turísticas, muita comida boa, sessões de compras e saídas à noite.
Tendo tudo isto em conta, a MAGG falou com a comunicadora de 33 anos. Do facto de a dupla se ter conhecido em Barcelona, onde viviam e tinham amigos em comum, ao cultivo da relação na pandemia, passando pelos detalhes da despedida de solteira e do casamento, eis o que nos contou Mariana Degener sobre esta nova fase da sua vida.
Leia a entrevista
Acho que devemos começar, lá está, pelo início. Como é que a Mariana e o Pablo se conheceram?
Eu e o Pablo conhecemo-nos em Barcelona, por amigos em comum. Eu fui viver para Barcelona antes de o conhecer.
E foi para Barcelona em trabalho?
Sim. Eu já tinha vivido fora, em Londres, fiz o meu mestrado em Londres, tinha 23 anos. Voltei a Portugal e estive dois anos em Portugal. Depois, quando estive cá a trabalhar, trabalhei em televisão, na Endemol, no Canal 11, mas depois tive o desejo novamente de sair e fui em trabalho. Fui em 2020, mudei-me em pandemia.
Então, foi um bocadinho daquelas histórias que são quase um conto de fadas.
É verdade. Não estava nada à espera. Eu até brincava com as minhas amigas e dizia: 'pelo menos, se encontrar um espanhol e ficar por lá, não me importo, porque adoro a cidade' (risos).
É um bocadinho o pensamento que muita gente tem quando vai visitar um país ou uma cidade diferente, não é? (risos)
Exatamente. E temos de gostar, temos de nos imaginar lá a viver e a ter a vontade de querer ficar.
A Mariana disse que a mudança ocorreu em plena pandemia. Foi um desafio ainda maior para se relacionar fosse com quem fosse, não?
Era muito complicado, porque era aquela altura em que havia o toque de queda, como eles dizem, que é o recolher obrigatório. Os restaurantes estavam fechados, eram difíceis as interações, mas havia festas privadas e alguns encontros, o que tornou as coisas fáceis. E nós tivemos logo uma ligação muito forte, porque tínhamos amigos em comum portugueses, que já lá estavam a viver e isso trouxe-nos uma proximidade ainda maior.
E como é que foram os primeiros momentos do relacionamento, sendo que não havia muito para fazer? Como é que foi cultivar a relação numa altura tão atípica?
Nós conhecemo-nos em outubro. A pandemia começou em fevereiro, portanto já havia coisas abertas – claro que com algumas limitações, mas já conseguíamos ir a restaurantes à hora de almoço, teatros, atividades outdoor, andar de bicicleta. Tínhamos bastante imaginação no que toca a encontrar-nos. E o facto de estarmos em pandemia também ajudou a que as coisas fossem mais intensas, porque nos víamos mais. Além disso, eu conheci-o aos 30, portanto nessa idade as coisas também andam mais rápido.
Na altura, quando o conheceu, o que é que a fascinou mais?
O que eu adorei no Pablo, para além da atração física que todos sentimos quando nos apaixonamos por alguém, foi mesmo ele tratar-me como uma princesa e ser homem, não ter medo de mostrar os sentimentos dele, de ter muita iniciativa, sem estar à espera daqueles jogos que se fazem em relações. Ele era muito afirmativo e tinha muita segurança, passava-me muita paz e tranquilidade e eu achava isso sexy.
Quando é que chega o pedido de casamento?
O pedido de casamento aconteceu três anos depois da relação e foi 15 dias depois de a minha irmã se casar, não estava nada à espera. Ela casou no dia 1 de julho. E não vou dizer que não estava à espera no sentido em que já temos uma idade e que, se estávamos juntos e a viver juntos, eu já via nesta relação uma certeza e que ia por esse caminho. Mas eu achei que o pedido viesse um bocadinho mais tarde, talvez no final do ano. Ele surpreendeu-me e não conseguia acreditar.
E como é que foi o pedido em si?
Ele pediu-me na Costa Brava, para onde nós vamos sempre. O Pablo tem a casa dos avós lá (...) e ele tem por hábito de ir para lá desde pequenino e eu comecei a ir para lá com ele. Fomos jantar fora, foi em julho, a um sítio muito romântico, eu não desconfiei de nada e, no fim, perguntou-me se não queria dar um passeio pela praia para digerir. Foi então que o Pablo começou com um discurso muito bonito, a perguntar se eu via muitos verões da minha vida na Costa Brava com ele, eu disse que sim e ele não me deu tempo de pensar. Disse-me 'olha ali que luz tão gira ali ao fundo', eu olhei e, quando me virei, já estava ajoelhado. A partir daí foi uma choradeira.
Sendo que o pedido de casamento surgiu um bocadinho mais cedo do que esperava, acha que o casamento da sua irmã e do seu cunhado influenciou a antecipação do mesmo?
Por acaso, eu acho que sim, porque quando vemos tanto amor acaba por ser contangiante. Tanto que, quando eu vi a Carlota [a sobrinha, filha de Inês Degener e Bernardo Silva] a nascer, disse que já não tinha a certeza se queria casar primeiro ou ter um bebé (...). Isto para dizer que sim, que o casamento da minha irmã o animou. Era uma coisa que ele já queria, mas deu-lhe aquele impulso.
Em relação ao anel, que é uma das coisas muito importantes e em relação à qual há sempre uma festa, foi tudo o que imaginava que seria?
Foi o anel mais perfeito que eu podia receber. Era o anel que eu tinha imaginado (...). O Pablo sabe que eu sou uma pessoa clássica e que tinha de ir para um anel mais tradicional, mas ele acertou mesmo e escolheu sozinho. É um solitário, tem o diamante em cima, e o anel tem também diamantezinhos à volta. É muito elegante, muito harmonioso. Eu digo-lhe sempre que é um anel de princesa.
Então, o facto de ele ter escolhido sozinho, acabou por ser mais uma prova de que o Pablo a conhece efetivamente bem.
Exatamente! Eu digo-lhe que é uma prova de que ele me conhece muito bem e que tem muito bom gosto. Porque eu acho que os homens, em geral, não têm tanto o olho clínico que uma mulher tem, por exemplo, uma joia para mulher – mas podem ter olho clínico para eles. Mas ele fê-lo, a minha família deu-lhe os parabéns e eu acho que o anel não passa despercebido. E o mérito é todo dele. É o que eu digo sempre, mesmo em relação ao casamento, que vai ser na Costa Brava e em frente ao mar, é que 'o que eu tinha imaginado nos meus sonhos está mesmo a acontecer'. Vai acontecer numa igreja estilo 'Mamma Mia', assim em cima do mar, e o espaço do casamento vai ser em cima de rochas.
Como a sua irmã e o seu cunhado se casaram há relativamente pouco tempo – e foi noticiado como sendo o casamento de sonho –, isso inspirou-a para o seu próprio dia?
Eu digo sempre à minha irmã que ela teve um casamento de revista, não se vê muitos casamentos daqueles. Foi mágico. Foi um casamento muito Toscana, apesar de ter sido no Douro (...). Inspira-me na medida em que eu quero um casamento com tanto amor e alegria e bom gosto como teve o da minha irmã. Acabam por ser muito diferentes, porque o dela era interior, com rio e montanhas. E o meu é em cima do mar, o meu é num convento, chama-se Convento de Blanes, é totalmente diferente. E decidi não ter wedding planner, decidi, em conjunto com a minha irmã, fazê-lo totalmente sozinha.
Agora, recuando um bocadinho para a despedida de solteira, que aconteceu no Rio de Janeiro. Foi organizada pelas amigas e foi tudo surpresa?
Foi um mix, não foi surpresa, por exemplo, como os espanhóis, que raptam o noivo ou a noiva. O Pablo foi raptado para Tulum, eu dei as chaves ao melhor amigo dele e ele entrou no apartamento às 5 da manhã, com mais cinco amigos, atiraram-se para cima da cama e disseram 'Pablo, faz já as malas'. Em Portugal, não temos tanto essa tradição (...). Datas e destino eu soube, e fiquei super feliz, porque elas sabiam a minha vontade imensa de ir ao Rio, mas tudo o resto foi surpresa – ou seja, tudo o que era o planeamento do que íamos fazer, os jogos, os desafios, a minha irmã foi a grande organizada de tudo. Até me deram um boneco insuflável com a cara do Pablo e as redes sociais ficaram loucas (risos).
E o que é que a encanta no Rio de Janeiro para que esta cidade tivesse o privilégio de ser o pano de fundo de uma ocasião tão especial e importante da sua vida?
É que o Rio, para além da praia, do sol, da cultura, tem uma coisa com a qual eu me identifico: a alegria das pessoas, do país. É estar numa bolha de alegria e de amor com toda a gente. (...) É essa energia que o Brasil traz, acompanhada do bom tempo, das praias, da boa comida – açaí, pão de queijo e água de coco comia todos os dias, não conseguia parar –, não havia sítio onde eu me sentisse mais feliz. Para mim, o Brasil é como se fosse uma segunda casa.
Vi que foram andar de helicóptero, foram ao Cristo Redentor, até teve um desafio de fazer de vendedora na praia. Por que mais sítios é que passaram?
Eu já tinha ido ao Rio duas vezes, esta foi a minha terceira, mas havia pessoas do grupo que não, então acabámos por repetir pontos turísticos. Fomos a Ipanema e Leblon, onde ficava o nosso apartamento, uma casa lindíssima com jacuzzi. Depois fomos também ao Cristo, sim, fomos ao Pão de Açúcar, à Lagoa Rodrigo Freitas, à Lapa, Copacabana, fizemos tudo um bocadinho. Ao mesmo tempo, fizemos praia todos os dias e fomos a São Conrado, à Joatinga e ao Posto 12, que é a melhor praia sem dúvida e a mais segura. Fizemos compras e saímos à noite.
Houve espaço para algo que é bastante comum em despedidas de solteiras, que são os jantares que se tornam em noites de muita animação (e, quiçá, idas a discotecas).
Sim, sim, sim! Fomos ao Braseiro da Gávea, que é um sítio icónico para comer picanha, farofa, feijoada. Nessa mesma zona é onde muito jovens ficam na rua a conviver e, portanto, foi um ambiente muito giro. Fomos também ao Elena Horto, que neste momento é o restaurante que está mais in no Rio de Janeiro, ao Spicy Fish também, que são muito bons para sushi. E ao Mr Lam, que também é asitático. Fizemos um mix entre dois tradicionais e outros mais fashion. Para sair, aquilo que está lá mais na moda é o Bosque, e nós fomos, há outra discoteca a que fomos também, que é o Aldeia, e no sábado fomos sair ao Jockey, a uma festa que se chama Timeless, que está muito na moda. O que não fizemos muito foi dormir.
Veja as fotos da despedida
Ou seja, teve o melhor dos vários mundos nesta despedida de solteira. Isso é algo que vai ao encontro da sua personalidade?
Sem dúvida. Eu adoro fazer um bocadinho de tudo, não conseguia estar no Rio e aproveitar a noite, sair e depois praia. Também é uma despedida de solteira, portanto não podia ir só fazer turismo – tanto que, a brincar entre nós, dizíamos que a fazer só turismo e praia era um batizado e não uma despedida de solteira. Então, acho que tivemos de fazer ali um mix. E o grupo era muito homogéneo, todas queríamos um bocadinho de tudo. E foi uma prova de amor para mim porque foram três mães, uma amiga que foi grávida de 5 meses e as únicas sem filhos era eu e mais duas – mas eu vou casar e outras duas têm relações muito sérias. Consegui mover as amigas todas para o Rio.
A despedida de solteira fez com que lhe caísse a ficha de que o casamento estava a aproximar-se?
Sim. Com a despedida de solteira, eu fiquei 'OK, o casamento está a chegar e eu sou a noiva', porque eu, até aqui, a organiza o casamento, não me sentia eu a noiva a 100%. Acho que da despedida de solteira foi muito gira, porque me fez sentir que isto estava a acontecer. Mas eu comecei a fazer acontecer desde muito cedo: numa semana, o Pablo pediu-me [em casamento] e, na outra, eu já estava a enviar os convites com o save the date. Sou muito prática. É para fazer, é para fazer e eu faço.
E agora que a sua irmã e o seu cunhado também estão casados há um ano, eles têm dado algumas dicas tanto para que consiga aproveitar o dia, como os primeiros meses de casamento?|
Sim! Estão sempre a dizer para não pensar que o casamento é só um dia, porque senão passa muito rápido, porque o casamento é todo o processo de escolha. Dizem para me divertir a escolher as flores, os detalhes. E disseram que é o dia mais feliz das nossas vidas, porque é quando nós podemos juntar todas as pessoas que amamos – e por isso é que a minha irmã casou grávida.
Esta é a minha teoria: eu quis casar antes de ter um filho, porque a minha mãe sempre disse que o dia mais feliz da nossa vida é quando um filho nasce e que, se casarmos a seguir, o casamento é o segundo dia mais feliz. Mas, se fizermos o contrário, o casamento é o dia mais feliz da nossa vida e ter um filho é ainda mais feliz. O casamento passa a ter outra importância quando já se tem um filho, tanto que a minha irmã não sabia se queria casar-se e nós insistimos. Ela diz que foi das melhores coisas que ela fez e, agora, está sempre a dizer-me 'Mariana, aproveita imenso, abraça toda a gente, está ali mesmo de corpo e alma porque são horas que passam muito rápido'. E a probabilidade de conseguirmos juntar novamente todas as pessoas naquele lugar por nossa causa é quase impossível.