Fábio Coentrão, o ex-futebolista que chegou a jogar em clubes como o Benfica, Sporting e Real Madrid e que anunciou o fim da sua carreira em 2020, deu uma entrevista ao programa “Goucha”, na TVI, onde recordou a morte do pai.
Bernardo Coentrão morreu há 11 anos, vítima de doença prolongada. “Eu revia-me muito no meu pai, tentava fazer as coisas boas dentro de campo para o meu pai ficar contente comigo. Tanto é que quando o meu pai, infelizmente, faleceu, eu estava no Real [Madrid], e parece que perdi a paixão pelo futebol, porque perdi aquela coisa minha que eu tinha de: ‘vou agradar o meu pai, vou fazer as coisas bem para o meu pai ficar contente comigo’”, disse.
Depois de deixar para trás o desporto, tornou-se armador de pesca, a área do pai, em Vila do Conde. “Naquelas noites tristes, naqueles momentos em que o futebol não estava a correr tão bem, era para aqui [para a praia] que vinha com a minha cana de pesca sozinho, eu e Deus, a conversar com Deus e com a minha cana”, recordou.
“Desde que o meu pai faleceu, perdi o gosto pelo futebol e a minha mente foi logo: ‘vou preparar o meu futuro, porque não é isto que eu quero’”, partilhou. “Eu já sabia que queria seguir o mundo da pesca. (...) Mas quando o meu pai faleceu, aí eu… Passado um ano, um ano ou dois anos, eu vi que o futebol já não era aquilo que me deixava feliz. E como disse, gosto de viver. E procuro sempre a minha felicidade”, disse.
Como tal, decidiu montar a sua empresa, Coentrão & Santos, que tem três barcos de pesca: um em Matosinhos, outro em Sesimbra e outro nos Açores. “Não quero morrer sem ter dez barcos”, atirou. Além da pesca, tem investimentos no ramo imobiliário e é sócio de uma marca de gin, o Gin Pablo.
Fábio Coentrão é casado com Andreia Coentrão, com quem está há 16 anos. O casal tem dois filhos: Vitória, 14, e Henrique, 10 anos. "É a minha vida, sem dúvida alguma. É o meu pilar. Foi a pessoa que me ajudou em tudo na vida", disse na entrevista sobre a mulher.