Kanye West está a ser alvo de mais uma onda de críticas. Desta vez, no centro da polémica esteve o facto de ter decidido que a nova coleção de roupa da sua marca, Yeezy GAP, devia ser exibida e vendida dentro de sacos do lixo. Se houve quem encarasse o gesto como genial, não fosse Kanye West considerado um dos homens mais influentes no mundo da moda e tivesse atrás de si uma fiel legião de fãs, houve também quem tivesse críticas ferozes a tecer.
Tudo começou porque o rapper norte-americano, alegadamente, ficou aborrecido quando viu que, num primeiro momento, as roupas estavam expostas em cabides. A situação começou a ganhar relevo no Twitter, depois de alguns consumidores se terem deparado com a nova (e insólita) forma de apresentar e vender os artigos.
Além disso, um utilizador da rede social foi mais longe, dizendo que os empregados da loja não ajudam os clientes a encontrar os seus próprios tamanhos e que têm de ser os próprios a "vasculhar tudo" – como se de uma verdadeira lixeira se tratasse.
E ainda há mais: para além de toda a contestação que a polémica gerou, muitos outros utilizadores criticaram ainda o rapper por aquilo que consideram ser um fetiche inusitado – o facto de utilizar constantemente pessoas sem-abrigo como "musas da moda" e de lucrar através da exploração dessa fantasia.
De facto, Kanye West já tinha vindo mesmo a público esclarecer que a sua "maior inspiração para todo o design" eram "os sem-abrigo", segundo o "The Independent".
"Isto é tudo o que está errado com os multimilionários", manifestou-se no Twitter um utilizador. "Já não olham para a situação as pessoas. Já não veem o que os seres humanos sofrem, veem oportunidades de serem 'diferentes' e lucrarem com isso... é nojento", conclui.
A peça mais barata da coleção do rapper em parceria com a GAP custa 60€ (um porta-chaves). A mais cara, uma parka, custa 460€.