André Villas-Boas está na corrida à presidência do Futebol Clube do Porto (FCP). Esta quarta-feira, 17 de janeiro, o treinador de futebol de 46 anos rumou até à Alfândega do Porto, no âmbito da apresentação da sua candidatura à chefia do clube, e teve o apoio de uma cara bem conhecida do público português: Pedro Teixeira.
"Hoje estamos aqui porque é um dia especial. Estamos aqui porque só há um [Futebol Clube do] Porto – e esse Porto é de todos. Estamos aqui porque queremos o melhor para o nosso maravilhoso clube. Estamos aqui porque vivemos o azul e branco, porque respiramos o azul e branco, porque este é o nosso Porto e queremos o melhor para ele", disse o ator, no início do seu discurso.
Num discurso em que afirmou ser deste clube desde que nasceu e em que partilhou algumas memórias, nomeadamente a que remete para a vitória do clube na Liga Europa, em 1987, aproveitou ainda para agradecer a "todos os que seguiram as pegadas do senhor José Maria Pedroto e do senhor Jorge Nuno Pinto da Costa", os antigos treinador e dirigente do clube, respetivamente.
No entanto, acredita que está na hora de mudar. "Nós não podemos e não queremos apagar a história de glória do nosso clube, mas devemos querer mais, devemos querer sempre mais", continuou Pedro Teixeira, acrescentando que "gostava de ver um Porto moderno, capaz de se atualizar e de liderar". E ainda aproveitou para se declarar àquele que poderá vir a ser o novo presidente do FCP.
"Quando o André me convidou, eu, para já, disse logo que sim. Eu não podia dizer que não ao André. Eu sou apaixonado pelo André, mas, acima de tudo, sou apaixonado pelo Porto. E vejo no André um futuro risonho para o Porto", enfatizou o artista.
"Todos sentimos que estamos num ponto de viragem. Sabemos que o nosso Porto pode e deve ser muito mais do que é hoje. Hoje juntamo-nos como portistas para ouvir um dos nossos. Um portista como nós", continuou. "O homem que vai ajudar a criar um novo ciclo de futuro do nosso clube", rematou Pedro Teixeira, referindo-se a André Villas-Boas.
A oficialização da candidatura de André Villas-Boas demorou, mas não é uma surpresa, uma vez que muitos o encaravam como potencial sucessor de Pinto da Costa, incluindo o próprio dirigente "azul e branco". Entretanto, a relação de amizade já viu melhores dias e André Villas-Boas disputará o lugar com Pinto da Costa, dizendo que, pelo facto de o clube viver "agarrado por gratidão a uma gestão sem rumo e sem nexo", é hora de mudança.
As eleições no clube da Invicta acontecem em abril. Há, agora, duas candidaturas formalizadas: a de André Villas-Boas e a de Nuno Lobo. Jorge Nuno Pinto da Costa ainda não formalizou a sua recandidatura.