Que atire a primeira pedra quem nunca foi para os jardins da Fundação Calouste Gulbenkian, em Lisboa, simplesmente existir e descontrair. Contudo, a partir desta sexta-feira, 20 de setembro, terá mais razões para fazer uma visita: o Centro de Arte Moderna (CAM) da fundação está de cara lavada, tendo sido inaugurado esta sexta-feira, 20 de setembro.

Para assinalar a reabertura do espaço, está previsto um fim de semana de celebração, tratando-se dos dias em que as portas ficam abertas oficialmente. No sábado e domingo, 21 e 22 de setembro, respetivamente, a entrada no CAM é completamente gratuita – e a programação está recheada de exposições, concertos, performances e visitas guiadas.

Em destaque está a instalação escultórica de Leonor Antunes, em exibição na Nave. Esta é uma área utilizada, pela sua dimensão (1400 metros quadrados) e características, para acolher grandes exposições, instalações e performances, até fevereiro de 2025, que será acompanhada por um conjunto de obras da coleção do CAM escolhidas pela própria artista.

Veja as fotos

A música também terá um papel fundamental na festa de abertura, com atuações de artistas como Nala Sinephro, no Anfiteatro ao Ar Livre, junto ao lago, que, fruto da renovação, se interliga com o edifício principal de forma mais harmoniosa – não tivesse sido esta uma das premissas das obras. Já os DJ's Nídia e Tim Reaper, bem como a pioneira de música eletrónica Éliane Radigue também têm atuações marcadas.

No Espaço Engawa, uma área projetada para funcionar como uma passagem ou espaço de convívio, inspirada no conceito japonês homónimo, vai estar exposta a exposição O Calígrafo Ocidental, de Fernando Lemos. Esta explora a sua relação com o Japão, integrando a Temporada de Arte Contemporânea Japonesa. Contudo, o ciclo também vai incluir trabalhos de Go Watanabe, Chikako Yamashiro e Yasuhiro Morinaga.

Siza Vieira em destaque na Fundação Calouste Gulbenkian. Saiba quando pode ver a exposição
Siza Vieira em destaque na Fundação Calouste Gulbenkian. Saiba quando pode ver a exposição
Ver artigo

Encerrado desde 2020, as renovações do CAM foram projetadas pelo arquiteto Kengo Kuma, em harmonia com o novo jardim, desenhado pelo paisagista Vladimir Djurovic. O objetivo passou por não só de modernizar o espaço, mas também ampliar as áreas expositivas, que agora estão 900 metros quadrados maiores.