Sobre a Ilha do Farol... Este é daqueles sítios sobre os quais nunca quis falar, por ser muito meu. Andei a adiar, mas há sempre um dia em que passa a fazer mais sentido. Sinto que foi, durante muitos anos, uma ilha muito pouco conhecida, mas que, nestes últimos tempos, se tem tornado cada vez mais comercial. Então, já que é falada, que seja por aqueles que realmente a conhecem, desde que nasceram.

Ilha do Farol, a minha ilha

Ora, não havia mês de agosto em que não passasse lá uma quinzena completa. Era em Olhão que apanhava sempre a carreira de barco, e lá estava a família no cais pronta para me receber, depois de 40 minutos de um passeio de barco — muito agradável, diga-se — pela Ria Formosa, rodeado por uma onda muito calma e limpa. De preferência, ao fim do dia, em que o céu está mais cor-de-rosa. O pôr-do-sol mais bonito de Portugal é nesta ilha. É como as estrelas... não há céu mais estrelado do que este! E, este ano, tive a sorte de, na noite da chuva de estrelas, estar aqui... Parecia que estava dentro de um planetário, naquelas visitas de estudo, dos meus tempos de colégio. Tantos desejos pedi eu!

Ilha do Farol, a minha ilha

Há quem vá para a Ilha do Farol passar apenas o dia, para fazer praia, e sinceramente, essas pessoas não conhecem o verdadeiro conceito daquela ilha. Estar dias seguidas numa ilha, onde estamos a três minutos a pé da praia, onde não há carros, onde a maioria das pessoas anda descalça, onde se toma banho depois da praia, sempre no jardim (agora já há chuveiro com água morna, durante muito tempo era sempre de mangueirada de água fria!), onde só existem dois restaurantes, dois bares e um pequeno mercado. Há melhor do que isto? Aqui fiz de tudo. Conheci muitas pessoas (houve anos em que andava com um grupo de amigos com mais de 30 pessoas), cantámos muito ao som de guitarradas de grupo às tantas da madrugada, dancei muito, diverti-me ainda mais, fui a festas, churrascadas, imensos almoços e jantares de família... ri e chorei. O sítio ideal para estar com família, para estar com amigos e para namorar.
Na época alta tem estado mais confuso, mas, para quem quer experimentar este paraíso, eu aconselho uma semana de descanso em maio, junho, setembro ou outubro. Até porque, durante o resto do ano, a ilha está muito vazia, só com os seus habitantes que se dedicam à pesca a maioria do tempo.

A praia também é muito agradável, aliás, está dividida em duas. A primeira, que é a mais pequena, e a segunda, que é a de areal mais extenso e que eu prefiro. Sendo que a primeira tem um bar com muita pinta que se chama Mar-a-Mais e que é responsável por muitas das minhas noites de divertimento. Aos fins-de-semana tanto podem ter atuações ao vivo, como festas temáticas, — seja como for, costuma animar as noites serenas às quais estamos habituados naquela ilha.
A Ilha do Farol é dos meus sítios preferidos, desde sempre. Se forem passar lá (no mínimo) uma semana, não tenho dúvidas que também irá entrar nos vossos favoritos. Aqui respira-se fundo: natureza, serenidade e equilíbrio. Só coisas boas.

Ilha do Farol, a minha ilha

Ah, e já viram que agora levo a minha t-shirt da Galp para todo o lado? Adoro o tecido (super leve) e consigo combiná-la sempre com imensos looks. Já a escolhi como a preferida deste Verão.