A renda voltou em força e promete ser uma das grandes protagonistas do outono. Das passerelles internacionais às páginas de revistas de moda, passando pelos feeds das fashionistas mais cool do momento, este que é considerado o tecido mais romântico da moda surgiu em peso com uma nova imagem, sendo o protagonista de propostas que vão muito além dos clássicos a que nos habituou.
E se dúvidas houvesse de que a tendência chegou para ficar, basta olhar para a realeza. Kate Middleton surpreendeu recentemente no banquete de Estado em Windsor, ao surgir num vestido dourado da designer Phillipa Lepley, com renda Chantilly bordada. Já a rainha Letizia de Espanha mostrou uma versão mais minimalista, com um vestido branco rendado durante uma visita oficial.
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Ambas provaram que a renda pode ser tão clássica quanto contemporânea, adaptando-se a diferentes estilos e momentos (e, sendo das figuras da realeza europeia mais cobiçadas no que diz respeito ao estilo, é impossível ficar indiferente à tendência). Especialmente tendo em conta que surgiu na Europa do século XVI como símbolo de luxo, estatuto e meticuloso trabalho artesanal.
Este tecido era caro, difícil de produzir e rapidamente se tornou sinónimo de aristocracia. No reinado de Isabel I de Inglaterra, era usada tanto por homens como por mulheres, aplicada em golas e punhos como sinal de poder e requinte. Mais tarde, com a Revolução Industrial, passou a ser produzida à máquina, tornando-se acessível a um público mais vasto e presente em vestidos de noiva, blusas e lingerie.
O século XX trouxe-lhe uma nova roupagem. Nos anos 70, a subcultura punk começou a usar renda preta com couro e tachas, como forma de subversão. Na década que se seguiu, o estilo gótico reforçou esta abordagem, empurrando o tecido para territórios mais sombrios e dramáticos, com nomes como Vivienne Westwood e bandas como The Cure a liderarem o caminho. Já Madonna, nos anos 80 e 90, transformou a renda branca em sinónimo de provocação e ousadia.
Por isso, era só uma questão de tempo até a renda começar a dar o ar da sua graça novamente. Aliás, o seu regresso já tinha sido anunciado nas passerelles da primavera-verão 2025, mas a tendência ganhou força quando explodiu nas redes sociais, fruto das it girls a terem adotado. No desfile da Saint Laurent, Zoë Kravitz brilhou com um vestido preto de renda transparente, enquanto Kendall Jenner apostou as fichas todas numa criação do género para a afterparty dos Óscares.
Uma coisa é certa: a chave para arrasar com esta tendência é imaginação e arrojo. Isto porque, atualmente, os vestidos de renda podem ser usados sobre calças, blusas rendadas devem ser combinadas com casacos estruturados e peças maxi rendadas podem funcionar como protagonistas até de looks de dia. A ideia é experimentar, criar camadas, brincar com a transparência e com os contrastes de materiais.
Para quem quiser apostar já nesta tendência, as opções são inúmeras. Por isso, quer para um styling mais sóbrio como o da princesa de Gales ou da rainha de Espanha, quer para algo mais em linha com as tendências do momento, fomos à procura de peças para que possa render-se à renda (claro que tivemos de fazer este trocadilho).
