Encontrámos a empresária Raquel Prates no início do 2.º dia de ModaLisboa. Depois de um primeiro dia em que os looks que encontrámos não foram propriamente incríveis, tivemos a certeza de que Raquel Prates seria a mulher com mais pinta deste segundo dia.
Com um smoking preto de cortar a respiração, abordámo-la e comunicámos-lhe que era a mulher mais bem vestida do evento. A reação foi divertida: “Acabei de chegar, tenho a certeza que ainda vão encontrar alguém com mais pinta”. Nós tínhamos a certeza de que não, e a verdade é que mais ninguém nos passou pelos olhos com a mesma atitude cool de Raquel Prates.
Começámos por querer saber de onde era o look que tinha escolhido e ficámos surpreendidos com a resposta. Num coordenado totalmente preto, o smoking era Hugo Boss, e já o tem “há mais de vinte anos”. As jóias eram Swarovski e os óculos trendy da Gucci.
Não trouxe designers portugueses mas vem de acordo com uma das premissas desta edição da ModaLisboa, a sustentabilidade. “Venho com um smoking antigo o que acaba por ser uma prática sustentável”, o que não podia estar mais de acordo com toda a ação ecológica que se vive dentro do recinto.
Existe, aliás, um ponto de reciclagem de roupa que a empresária pretende usar: “Tenho peças em casa que estou a pensar trazer para reciclar, uma vez que reciclo muita roupa”. Admitiu-nos ainda que muitas das peças que tem e não usa recicla porque todas têm uma história e um lado emotivo.
Neste segundo dia, veio sobretudo para ver o trabalho dos designers: “Quero ver todos os que conseguir”: Começou com o desfile de João Magalhães, que já a tinha vestido numa edição dos Globos de Ouro, com um manto estilo quimono em lantejoulas: “Foi um fato controverso de que toda a gente falou”. Para além dele, tinha muita curiosidade para ver os desfiles de Luís Carvalho e Carlos Gil – dois veteranos portugueses no mundo da moda.
Saindo da temática dos desfiles, tivemos de lhe perguntar pelo armário e pelas peças que por lá habitam. A peça mais especial que tem é "um trench coat" que lhe foi oferecido pela mãe "quando tinha 18 anos”. "Ainda está impecável".
Com um estilo eclético, as três peças essenciais diz serem um biker, umas calças de ganga e um “blazer preto masculino oversize”. A parte boa de não ter um estilo definido é o facto de poder brincar com as peças: “Se me perguntares como venho vestida amanhã, não sei”. Diverte-se com a moda, em poder trocar e combinar looks e gosta de surpreender. E nós acrescentamos que surpreende sempre em bom.