Já alguma vez nutriu sentimentos por duas ou mais pessoas ao mesmo tempo? O que fez nessa altura? Sentiu-se dividido entre viver essas relações ou seguir o padrão social da monogamia?

E se fosse possível viver essas emoções livremente?

Em primeiro lugar, devemos salientar que vivemos numa sociedade “dita” monogâmica, e reforço o dita pois uma coisa é aquilo que vemos na sociedade e outra, muitas vezes bem diferente, é o que se passa dentro de quatro paredes. Assim sendo, tudo o que saia do parâmetro do usual, daquilo que é regra, passa a ser visto como recriminatório, com um elevado peso de culpa.

Mas há quem consiga ultrapassar todos esses estigmas e viva de forma poliamorosa, com várias relações consentidas entre os membros, onde impera a completa sinceridade e relações relatadas como satisfatórias e completas.

E então como funcionam?

Quando falamos de poliamor, não falamos de:

  • Relacionamentos livres, onde apenas existe a procura de um novo parceiro sexual, sem qualquer envolvimento emocional;
  • “Swing”, que tem como principal função a troca de casais para ligação sexual;
  • Trio, onde a finalidade é mais uma vez a satisfação sexual e de desejo.

O poliamor refere-se a uma relação com conjugação amorosa e sexual, com diversas pessoas ao mesmo tempo e de forma consentida entre todos, que visam a que esta seja duradoura, satisfatória e sincera. É muito habitual ouvir-se: “O namorado/a do meu/minha namorado/a”.

Como gerem as relações?

Existem casais que partilham horários entre si, de forma a que todos se entendam e possam partilhar momentos juntos ou individualmente. Sem cobranças, tudo é conversado e compartilhado, com regras, definições e sem mal-entendidos.

Existem benefícios?

Na visão da pessoa poliamorosa, a não possessão é um dos maiores ganhos neste tipo de relação. Existe uma prática crescente do desapego, permitindo uma maior segurança individual e partilha sem medos, com a colaboração de todos e sem necessidade de exigências.

Mas ao longo do caminho existem dificuldades, tais como:

  • Ciúmes. Pode acontecer se algum dos elementos sentir que foi colocado de parte ou considerar que está a ter menos tempo de convivência, ou ainda sentir que é menos bonito ou atraente do que outro;
  • A comunicação não é igual com todos; são pessoas diferentes, por isso terá de haver uma maior gestão das distintas personalidades;
  • A aceitação dos outros, em particular a não aprovação por parte da sociedade deste tipo de relação, poderá trazer constrangimentos ao ponto de apenas assumirem uma relação de forma livre e as outras serem vividas “dentro de casa”.

Para terminar é necessário evidenciar que todos temos formas diferentes de sermos felizes e vivenciamos as relações com configurações diversas, pelo que o mais importante é comunicar e ser absolutamente sincero e honesto no que se sente e pensa, seja de forma monogâmica ou poliamorosa.

Posto isto, o que sentiria se o seu/sua companheiro/a lhe propusesse uma relação poliamorosa?

Coloque as suas questões através do email sofiataveirapsi@gmail.com, Facebook e Instagram. Pode ainda consultar outros artigos no site da Doutora do Amor.

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