O ministro das Infraestruturas anunciou a solução para o aeroporto de Lisboa. Menos de 24 horas depois (numa das maiores agitações políticas dos últimos meses), voltou atrás e pediu desculpa ao País. Humilhou-se? Talvez não.
Miguel Milhão é o Elon Musk que merecemos. É o empreendedor da tuga, o self made man luso, o típico emigrante que, quando volta à terrinha, diz que isto é tudo uma porcaria e que nos States é que é bom.
Pode até não parecer pelo título, mas esta crónica tem muito pouco que ver com Margarida Corceiro. É um relato sobre machismo, sobre poder e domínio, sobre o papel que a mulher desempenha na sociedade.
Há uns meses, convivi com uma mulher destruída por causa de uma suposta piada. A vida dela mudou depois disso. Vale mais uma gargalhada ou a saúde mental de alguém?
Quem é este louco que não dorme, que não foge e que continua a sorrir? O que é que ele quer? A nossa falta de fé na verdade, na possibilidade remota de um servo do povo, enche-nos de dúvidas.
Pode parecer inacreditável, mas há realmente alturas em que podemos assumir que atitudes agressivas são provas de amor. O que é que não podemos fazer? Dar esse exemplo em televisão nacional.
Não dou dois anos até Pedro Frazão, vice-presidente do Chega, correr com André Ventura e ascender à liderança do partido. Porque Frazão é mais digerível do que Ventura.
Não é a ridiculizar o seu eleitorado que se combate o Chega. Não é a criar mitos folclóricos sobre quem são os seus apoiantes que se desmonta o vazio ideológico do partido liderado por André Ventura.
Imagine uma época natalícia em que todas as mulheres decidem fazer greve. Greve à compra de presentes, aos convites para a consoada, à preparação de três (ou mais) refeições, à gestão de expectativas e frustrações de famílias inteiras.
A culpa não é deles, é minha. Encaixo na perfeição naquele cliché que os homens portugueses dizem que gostam mas não gostam assim tanto: mais de 35 anos, financeiramente independente e com demasiadas opiniões.
Um concorrente insinua que teve contactos físicos não consentidos com outra concorrente. A produção decide admoestá-lo com uma sanção. O jovem chora, dão-lhe palmadinhas nas costas e a vida segue. Como no mundo real.
Nascida em dezembro de 2019, a minha filha mais nova cresceu numa pandemia e odeia estranhos. A 1 de setembro, começa a creche, e vou passá-la para os braços de uma estranha. E é uma merda.
Dedos amputados por usarem unhas pintadas. Proibição de usarem maquilhagem ou de saírem à rua sem marido ou pai. E a burqa, que pretende reduzir a mulher a um manto com olhos. O que as mulheres afegãs temem com o regresso dos talibãs.
Antes que estreie "And Just Like That", a sequela de "O Sexo e a Cidade", explico-lhe as razões pelas quais, 23 anos depois, Carrie Bradshaw (interpretada por Sarah Jessica Parker) é a pior personagem da série.
Na recta final do mês do Orgulho LGBT, e depois de uma semana em que o tema esteve na agenda mediática, quero contar-vos uma situação que podia ter acontecido no vosso bairro. Tirem as vossas conclusões.
Como é que se prova uma conversa a dois num escritório, uma mão enfiada numa blusa, uma proposta sebosa a troco de trabalho, uma ameaça que mais ninguém ouve?
Já que isto da pandemia está para durar e é o que é, porque é que não havemos de aproveitar e - que raio! - por uma foto no Instagram de cerveja na mão? É que, pensando bem, assim de repente, há coisas bem piores.
Assim que António Costa anunciou a reabertura das escolas para 15 de março, todos os pais do País gritaram de felicidade. Todos não, que há quem esteja sempre pronto a apontar o dedo.
“Então bem vindo à Passadeira Vermelha”, diz jocosamente Carlos Vaz Marques e não estou a acreditar que RAP esteja a comentar um tema que, no panorama geral das coisas, tem uma importância muito, mas muito relativa.