A TVI decidiu colocar no canto superior direito do ecrã um contador de casos de contágio por COVID-19. Não sei se aguento até ao fim do "Jornal das 8" sem ter um ataque de ansiedade.
Façamos em conjunto uma merecida pausa no fluxo avassalador de notícias sobre a pandemia. Proponho uma reflexão sobre a vida dos solteiros em tempos de confinamento. Parece-vos bem? Vamos a isso.
Contraí o vírus depois de 14 de janeiro e, por causa da burocracia que é o cruzamento de dados neste país, já não posso votar. E isso deixa-me mais irritada que as dores no corpo.
Para as pessoas que não gostam de ir buscar para comer em casa nem apreciam receber estranhos à porta com sacos de comida, eis a solução: filiarem-se no Chega.
A "mágica liberdade do self media", o "crescimento horizontal" e um tal vídeo num iate. Analisei o post de Ruben Rua e acabei a escrever sobre Barack Obama.
Qualquer boa intenção do #VermelhoemBelem é eclipsada por Maria Vieira que encarna Marilyn Monroe e, num momento que nem o mais genial dos guionistas se lembraria de inventar, canta "Happy Birthday, Mr. President".
Quando comecei a rever o artigo que a Ana Luísa Bernardino escreveu sobre o livro de Cristina Ferreira tive de fazer uma pausa para respirar. Senti qualquer coisa que só consigo descrever como náusea, tristeza, deceção.
Não é um reality show, nem sequer um talent show. Não vai causar polémica nem liderar as audiências. É conduzido por um novato nestas lides e chega à RTP1 a 18 de setembro.
"Pessoas gordas são gordas porque não sabem fechar a boca". "Pessoas gordas merecem estar deprimidas". "Pessoas gordas estão mesmo a pedir para ser gozadas". "Pessoas gordas que são felizes estão a promover a morte."
De repente um vídeo a mostrar comida resgatada do lixo tornou-se viral. Mas antes de partilharmos no Instagram, vamos todos fazer uma limpeza ao frigorífico, vamos?
Também eu me considero um estranho tantas vezes empurrado para um lado e para o outro pela turba dos normais, que me exige que seja feliz de acordo com os seus parâmetros de felicidade e normalidade. O efeito é o contrário.
Espantamo-nos, muitas vezes, com atitudes sexistas, racistas ou simplesmente parvas de quem discrimina. Mas se olharmos com atenção, fazemos isso até em coisas tão simples como não aceitar o feitio do outro. O Big Brother mostra-nos isso.
Vem do Zimbabwe mas é tão branco que apanhou um escaldão no primeiro dia de praia. Mas quando ainda ninguém o viu, a primeira pergunta não é se ele é alto, feio ou bom para mim. "Mas ele é preto?"
Esta é uma crónica que podem ler a um menino antes de dormir. Ele vai entender. A gata também pode ler ao gato, e ele vai querer partir-me a cara. Mas no fundo é só um texto sobre liderança.
A minha imaginação fértil diz-me que este vírus foi inventado por dois adolescentes a fumar uma ganza. A coisa fugiu-lhes do controlo e agora vivemos numa suposta pandemia.
Porque é que estás a usar uma coroa de flores? Porque é que achaste que "live the life, be happy" era uma legenda que se apresentasse? A tarde e a más horas, descobri a solução: "Deixar de seguir".
Espirraste? Estás lixada. Tossiste? Liga já para o SNS24. Dói-te a cabeça? Já foste: ou é coronavírus ou é um tumor. Um ensaio médio sobre a hipocondria em tempos de pandemia.
Soltando a bad bitch que há em mim, parto para uma reflexão, em que identifico os diferentes tipos de personalidade que nascem em caixas de comentários, começando no revoltado e terminando no racista.