Quando comecei a rever o artigo que a Ana Luísa Bernardino escreveu sobre o livro de Cristina Ferreira tive de fazer uma pausa para respirar. Senti qualquer coisa que só consigo descrever como náusea, tristeza, deceção.
Não é um reality show, nem sequer um talent show. Não vai causar polémica nem liderar as audiências. É conduzido por um novato nestas lides e chega à RTP1 a 18 de setembro.
"Pessoas gordas são gordas porque não sabem fechar a boca". "Pessoas gordas merecem estar deprimidas". "Pessoas gordas estão mesmo a pedir para ser gozadas". "Pessoas gordas que são felizes estão a promover a morte."
De repente um vídeo a mostrar comida resgatada do lixo tornou-se viral. Mas antes de partilharmos no Instagram, vamos todos fazer uma limpeza ao frigorífico, vamos?
Também eu me considero um estranho tantas vezes empurrado para um lado e para o outro pela turba dos normais, que me exige que seja feliz de acordo com os seus parâmetros de felicidade e normalidade. O efeito é o contrário.
Espantamo-nos, muitas vezes, com atitudes sexistas, racistas ou simplesmente parvas de quem discrimina. Mas se olharmos com atenção, fazemos isso até em coisas tão simples como não aceitar o feitio do outro. O Big Brother mostra-nos isso.
Vem do Zimbabwe mas é tão branco que apanhou um escaldão no primeiro dia de praia. Mas quando ainda ninguém o viu, a primeira pergunta não é se ele é alto, feio ou bom para mim. "Mas ele é preto?"
Esta é uma crónica que podem ler a um menino antes de dormir. Ele vai entender. A gata também pode ler ao gato, e ele vai querer partir-me a cara. Mas no fundo é só um texto sobre liderança.
A minha imaginação fértil diz-me que este vírus foi inventado por dois adolescentes a fumar uma ganza. A coisa fugiu-lhes do controlo e agora vivemos numa suposta pandemia.
Porque é que estás a usar uma coroa de flores? Porque é que achaste que "live the life, be happy" era uma legenda que se apresentasse? A tarde e a más horas, descobri a solução: "Deixar de seguir".
Espirraste? Estás lixada. Tossiste? Liga já para o SNS24. Dói-te a cabeça? Já foste: ou é coronavírus ou é um tumor. Um ensaio médio sobre a hipocondria em tempos de pandemia.
Soltando a bad bitch que há em mim, parto para uma reflexão, em que identifico os diferentes tipos de personalidade que nascem em caixas de comentários, começando no revoltado e terminando no racista.
São o novo spot mais badalado de Portugal, são o Lux em tempos de COVID: a malta diverte-se, vai para ver e ser vista, encontramos celebridades e o mais provável é sairmos de lá todos bêbados e felizes.
Por mais que se discuta o feminismo, continuamos a perpetuar os modelos antigos dentro dos nossos lares. Como é que deixamos cair a síndrome de gata borralheira e como é que libertamos o outro da caixinha do machismo?
A única pessoa que não parece estar preocupada com o legado familiar é o meu namorado. Mas por mim está ok. É que nem sempre a entrada nos 30 representa o timing favorável.
Esta é a história do meu irmão, que comia meio quilo de bife ao jantar e nem a alface do hambúrguer do McDonalds provava. Não deixou de comer carne, mas aprendeu que há outros sabores.
Na nova crónica semanal da MAGG, disserta-se sobre as vicissitudes e atropelos da altura da vida em que se é confrontado com a realidade: já somos "adultos" sem "jovem".