Quando os números são grandes e difíceis de quantificar, o mais fácil é mesmo fazer aquelas comparações que ajudam a traduzi-los para a realidade.
E foi isso mesmo que fez a Sociedade Ponto Verde (SPV) para assinalar o Dia da Reciclagem. Na prática, Portugal está cada vez mais consciente da necessidade de dar novo uso aos resíduos e, por isso, as metas a alcançar são cada vez mais desafiantes. Mas passemos então às quantidades e às comparações.
O ato de separar embalagens em casa faz com que a cada hora se evite que sejam enviadas para reciclagem o equivalente ao peso de 12 elefantes.
Mas a SPV — criada em 1997 para gerir os resíduos de embalagens e contribuir para a mudança de comportamento em matéria de reciclagem — continua forte nas analogias. Em vinte anos no terreno, o País já contribuiu para a reciclagem de 7,5 milhões de toneladas de resíduos de embalagens. Sabe a que é que isso equivale em peso? A três pontes Vasco da Gama.
Atualmente, toda a população tem acesso à rede de recolha seletiva de lixo e 71% dos portugueses já faz a separação em casa. Desse trabalho individual, também há números a assinalar: cada português recicla, ao longo da sua vida, papel suficiente para fazer 85 mil caixas de ovos e a energia poupada por cada garrafa reciclada é suficiente para manter acesa uma lâmpada de 100 watts durante quatro horas. Sobre o plástico, a cada cem toneladas recicladas é evitada a extração de uma tonelada de petróleo.
Talvez com esse incentivo seja possível atingir as metas aprovadas recentemente pelo Parlamento Europeu e que visam aumentar os níveis da reciclagem na União Europeia dos atuais 44% para 55% até 2025, 60% até 2030 e 65% até 2035.