Vanessa Guillén, uma jovem soldado norte-americana, tinha 20 anos quando foi vista pela última vez, em 2020, na base militar de Fort Hood, no Texas, onde trabalhava. Após cerca de 10 semanas, foi encontrada morta e desmembrada junto ao rio Leon, no Texas. Dois anos depois, a história chega à Netflix dia 17 de novembro.
“Eu, Vanessa Guillén” segue a luta da família de Vanessa Guillén em busca de respostas sobre a morte da jovem e por mudanças no sistema de justiça militar. Antes de morrer, Vanessa confessou à mãe que sofria de assédio sexual dentro da unidade onde trabalhava mas, na época, a chefia militar garantiu que não recebeu nenhum tipo de relato que o indicasse.
A história da jovem deu inicio a um movimento internacional de vitimas de assédio sexual que levou o caso à Sala Oval, com o objetivo de aprovar a lei “I Am Vanessa Guillen”, que visa mudar a forma como as alegações de assédio sexual e agressão são investigadas dentro do exército.
O documentário de 95 minutos apresenta entrevistas com Lupe e Mayra, as irmãs de Vanessa, assim como com a senadora Kirsten Gillibrand e a deputada Jackie Spears. “Este não era um daqueles casos que os militares podiam varrer para debaixo do tapete”, diz Jackie Spears no trailer da produção.
O principal suspeito do homicídio de Vanessa Guillén, Aaron David Robinson, um soldado do mesmo posto, cometeu suicídio quando, na época, se viu cercado pela polícia. A investigação feita depois da morte da jovem revelou que esta tinha sido assediada por um supervisor e que as queixas de assédio foram encobertas. A chefia militar disse que Robinson nunca tinha assediado Vanessa, mas a família da vítima contesta a queixa.
“Enfrentar o exército dos EUA, uma das maiores e mais poderosas instituições da América, não é um trabalho fácil. Ao fazermos este documentário, foi incrível testemunhar uma família, no momento mais trágico das suas vidas, pôr de lado a dor, sair para o espaço público e lutar por um bem maior", disse Christy Wegener, realizadora do documentário, numa entrevista à revista “People”.