Andreia foi a jogadora expulsa do "Big Brother - A Revolução" na gala deste domingo, 22 de novembro. Em entrevista com a imprensa via Zoom, a ex-concorrente fez o balanço da sua prestação no reality show da TVI, admitindo que jogou desde o primeiro dia, estabelecendo estratégias e adotando uma atitude mais polémica. Falou ainda sobre a relação de amizade com Joana, e sobre os casais dentro da casa, sem deixar de dar a sua opinião sobre o regresso de ex-concorrentes.
"Joguei desde o primeiro minuto porque sabia que, ou marcava uma posição polémica ao inicio, ou então tinha de dizer adeus ao jogo. O meu registo habitual é mais calmo, mais apaziguador. Mas dentro da casa tive mesmo de puxar por este lado mais polémico", confessou Andreia.
A bailarina frisou que na sua estratégia nada falhou, mas o jogo muda constantemente e não tem que ver só com inteligência. "Relaciona-se com sorte ou azar, tal como a prova do líder que dá imunidade ou as moedas de troca de nomeados. No meu caso, não tive essa sorte, mas também foi a decisão dos portugueses", afirmou, referindo-se ao momento em que abandonou a casa.
A ex-concorrente, que foi salva várias vezes no direto de terça-feira pelos portugueses, admitiu que achou estranho não lhe terem dado outra oportunidade. "Percebi logo isso quando não fui salva. Nesse momento, alguma coisa podia já estar a falhar. A Zena foi salva porque teve duas semanas de liderança, mas percebi que algo não estava bem. Depois, quando a decisão se dividiu entre mim e a Joana ponderei... mas não sei exatamente o que aconteceu", frisou.
"Nunca disse que queria sair nem pedi. Não sou burra e percebo algumas dinâmicas do jogo. O que eu disse à Joana quando fui expulsa foi para lhe dar apoio, sabendo que eu ia sair. Percebo a dinâmica e sei o que pode interessar ou não aos portugueses, entendo que um pessoa mais ponderada com uma atitude mais justa podia não ter tanto lugar lá. Não queria que a Joana caísse no jogo com a minha saída", explicou Andreia, referindo-se ao momento em que se despediu da amiga e disse que preferia que Joana ficasse.
A ex-concorrente deixou claro que queria ter vencido esta edição do "Big Brother". "Há pessoas lá dentro que não merecem estar na final, para mim o Pedro não merece. Ele tem uma personalidade que ficou presa nos 14 anos. É muito difícil conviver com ele. A Joana é uma justa finalista, mas não sei se o desenrolar dela... não é só o jogo, é a sorte e o azar. Preferia que ganhasse a Jéssica Fernandes", afirmou, quando questionada sobre quem acha que pode ser um possível vencedor.
"Se eu tivesse ficado na casa, muito provavelmente iria ficar revoltada. São pessoas que já foram eliminadas do jogo"
Andreia disse ainda que não concorda com o regresso de ex-concorrentes à casa. "Acho muito injusto. Se eu tivesse ficado na casa, muito provavelmente iria ficar revoltada. São pessoas que já foram eliminadas do jogo. Entenderia se tivessem de lutar por uma viagem, uma scooter, uma bolsa de estudos para a faculdade... mas não para lutar por uma percentagem do prémio. Elas tiveram uma lufada de ar fresco cá fora, estiveram com a família, conhecem as estratégias de cada jogador e sabem quem é fraco ou forte", frisou, referindo-se a Carina, Jéssica Antunes e Sandra, que continuam a votações para só duas regressarem à mansão da Ericeira.
A amizade com Joana e os casais dentro da casa
"Gosto muito da Joana, mas tem qualidades e defeitos completamente dispares de mim. É uma menina de 21 anos e há certos tipos de dinâmicas que não se conseguem ter com ela. Mas, no jogo, ou iria ser infiltrada num casal ou partilhava mais tempo com o Pedro, que tem uma personalidade difícil. A Sofia também tem uma dinâmica que não chega para mim. Fiz o jogo possível e mais lógico que pude", afirmou.
Relativamente ao que mais a desgastou dentro da casa mais vigiada do País, Andreia foi peremptória: "A casa tem alguma atividade noturna, em vários pontos. As luzes apagam muito tarde e há sempre alguém a entrar e a sair". Andreia admite ter tido saudades do "carinho, de amor, do abraço do namorado" e conta que não foi fácil lidar com a intimidade dos casais.
"Nós mandámos mensagens indiretas para não ferir susceptibilidades", confessou, referindo-se ao ruído que Zena e André fazem durante a noite. "Até passei uma mensagem um pouco mais direta e houve uma tentativa da parte deles, mas se calhar não foi suficiente. Vejo ali algumas questões que podem dificultar o caminho cá fora entre eles, não lhes desejo nada de mal mas vejo algumas dificuldades", frisou.
Quanto ao casal Jéssica e Renato, também não vê um futuro certo. "Ela é muito nova, mas quando está no seu lado positivo tem muita inteligência emocional. Quando deixa que o lado negativo engula o positivo, tem mais dificuldade. Quanto ao Renato, também se avizinham alguns caminhos mais tortuosos", comentou.
A bailarina do Seixal apontou o facto de ter estado sozinha na casa como uma das condicionantes que a obrigou a "jogar a dobrar". "O facto de ter entrado mais tarde fez com que ficasse mais de fora. Eles já tinham formado um grupo e eram todos muito unidos. Eu era um alvo fácil a abater e perfeita para queimarem votos", explicou, acrescentando que nos primeiros dias de programa permaneceu no bunker.
Ainda assim, Andreia garante que cumpriu os objetivos que tinha quando entrou no programa da TVI. "Primeiro era entrar na casa, em segundo era não ser expulsa no primeiro mês, em terceiro era não ser expulsa no segundo mês e em quarto lugar era não ficar com uma imagem que não fosse a minha. Nunca julguei à partida, vi sempre os dois lados, fui uma pessoa justa e só fiquei de um lado quando tinha a certeza daquilo que estava a fazer. Isso é a Andreia cá fora", rematou.