Fãs de séries, estamos com um problema. Chegámos novamente àquela altura do ano em que está difícil encontrar uma série nova para ver, precisamente porque as novidades são escassas e pouco entusiasmantes. Ora vejamos: depois do fim de “Succession”, “Watchmen” e “The Morning Show”, algumas das estreias mais importantes dos últimos meses foram “The Outsider”, “Calma, Larry” e “The Witcher” — que a Netflix diz ter sido o seu último grande hit embora seja público que a plataforma não revela de forma transparente os dados referentes ao número de visualizações totais.

Independentemente disso, a verdade é que atualmente não há nenhuma série em emissão que seja vista por todos, que gere falatório durante as pausas no trabalho ou que abra as manchetes de algumas das revistas especializadas em cultura e televisão.

Para piorar a situação, as próximas grandes novidades só começam a surgir entre meados e o final de fevereiro, com o regresso de “Narcos: Mexico” e “Better Call Saul”, o spin-off de “Breaking Bad” muito elogiado pela crítica.

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Isto leva a que, depois de um dia de trabalho, o pouco tempo de lazer seja passado às voltas por entre os catálogos das várias plataformas de streaming em Portugal à procura de encontrar “a tal”.

Calma: a série perfeita não se assemelha, nem de perto, ao grande amor das nossas vidas, mas é aquela que fica connosco mesmo depois de a termos terminado, que gostamos de dar a conhecer aos nossos amigos e que não conseguimos deixar de comentar sempre que o tema séries vem à conversa.

É que o problema dos seriólicos (vamos fazer de conta que esta palavra existe), é que não conseguem estar muito tempo sem um vício novo. E numa altura em que não há nada de novo em destaque, a solução para este dilema passa por ver (ou rever) alguns dos clássicos que ajudaram a tornar a televisão naquilo que é hoje.

Por isso, “Os Sopranos” e “The Wire” são duas escolhas óbvias que podem ser facilmente vistas na HBO Portugal, e ambas têm bad boys sem escrúpulos pelos quais não deveríamos torcer, mas que nos roubam a atenção desde o primeiro segundo do primeiro episódio.

Mas se quiser fugir ao mundo do crime, porque para coisas feias já lhe basta o mundo real, pode optar por espreitar “Mad Men”, que acompanha o dia a dia de uma agência de publicidade entre 1960 e 1970. Mas temos outras sugestões como a intemporal "The Office", o western televisivo “Deadwood” ou a novela dramática “Sete Palmos de Terra”.

Mostramos-lhe 14 séries clássicas que vale a pena espreitar nesta altura em que não há nada de novo para ver.