Lisboa tem vivido noites de violência e distúrbios com carros e caixotes do lixo incendiados em vários bairros da cidade, uma reação após a morte de Odair Moniz, 43 anos, morto a tiro por um agente da PSP no bairro da Cova da Moura, Amadora, na passada segunda-feira, 21 de outubro. Embora ainda estejam por apurar os verdadeiros motivos do tiro fatal, as populações do bairro do Zambujal, onde vivia Odair, e da Cova da Moura, onde foi baleado, têm reagido com violência e indignação. Apesar de a manifestação de sábado, 26, ter sido pacífica, a PSP acredita que poderá haver distúrbios no decorrer de todo o funeral de Odair Moniz, que se realiza este domingo, 27, às 14 horas, no cemitério da Amadora.
A vigilância já está em marcha e há várias horas que, de forma discreta, a PSP tem montada vigilância no velório de Odair Moniz, conforme avança uma fonte policial citada pelo "Correio da Manhã".
A polícia garante que irá "apoiar no que for preciso" para que tudo corra sem problemas ou distúrbios, conforme referiu o comandante da PSP Luís Elias, citado pelo "CM", reforçando o pedido de "sentidos pêsames" à família de Odair Moniz. O mesmo responsável disse que os agentes irão estar "atentos a hipotéticos distúrbios”.