Depois de ter sido ouvida pelo juiz do Tribunal de Leira, que lhe decretou prisão preventiva, a jovem homicida-confessa que assassinou a irmã à facada em Peniche já deu entrada no estabelecimento prisional de Tires, perto de Lisboa. A adolescente, de 16 anos, está num estado depressivo, melancólico, o que está a preocupar as autoridades, que a colocaram em vigilância permanente, 24 horas por dia, com receio de que possa atentar contra a própria vida. Recorde-se que a jovem admitiu ter matado a irmã Lara, de 19 anos, com recurso a uma faca e, depois, manteve o corpo escondido debaixo da cama durante 3 dias, até o ter enterrado num terreno baldio em frente a casa.
Já passava da meia-noite de sábado para domingo, 16 para 17 de setembro, quando a homicida-confessa chegou a Tires. Vinha em silêncio, apática, cabisbaixa, sem reações, revela o "Correio da manhã" deste domingo, 17. Foi nessa altura que os serviços prisionais optaram por colocar a jovem sob vigilância permanente, no pavilhão onde está colocada, que se destina aos presos preventivos, e onde começam a ganhar rotinas e a ambientar-se à vida em reclusão. Ainda não irá contactar com muitos presos, comerá as refeições na cela e o passeio no recreio será feito sem mais reclusas. Aqui ficará durante, no mínimo, duas semanas.
Depois, a jovem deverá passar para a zona comum, onde irá encontrar algumas reclusas famosas como Rosa Grilo, condenada pelo homicídio do marido, o triatleta Luís Grilo, ou a bruxa Tita, recentemente condenada pela morte da pequena Jéssica, no Tribunal de Setúbal.