O canal de streaming Netflix comprou os direitos de emissão do filme "Titanic", que passará a estar disponível na plataforma já a partir de dia 1 de julho, próximo sábado. Só que aquilo que até poderia ser uma boa notícia para quem subscreve o canal tornou-se numa fonte de problemas e críticas públicas, sobretudo nas redes sociais. É que dezenas de pessoas consideraram péssimo este momento de anunciar a novidade e acusaram a Netflix de querer capitalizar o momento e ganhar dinheiro com o drama vivido pelos passageiros mortos no Titan, na passada semana. Mas o canal defende-se.
"A Netflix está a ultrapassar os limites da decência neste momento". Esta foi apenas uma das muitas críticas feitas ao canal, nas redes sociais, após o anúncio da chegada de Titanic à plataforma. "Pessoas morreram num trágico acidente no local do Titanic e agora capitalizar o momento para angariar espectadores é de mau gosto". O tom foi quase sempre o mesmo. "Isto é de loucos, estão mesmo a tentar ganhar dinheiro com a morte de 5 pessoas", "Isto é só negócio", "É de doidos e uma vergonha promover a chegada deste filme", "o momento é tão errado" ou "viram a oportunidade e não perderam tempo", criticaram outros utilizadores.
Só que o canal de streaming pode até nem ter qualquer culpa nas acusações que são feitas. É que, de acordo com fontes do canal ouvidas pela prestigiada revista de cultura "Variety", tudo é apenas uma coincidência. De acordo com o que disseram essas fontes, as negociações de licenciamentos são feitas com meses ou anos de antecedência e já estava programado o filme chegar à plataforma muito antes sequer de o Titan ter planeado a viagem ao fundo do oceano. "Foi uma coincidência infeliz", resumiu uma dessas fontes.