Christian Bruckner, o principal suspeito do desaparecimento de Madeleine McCann – que tinha 3 anos quando desapareceu a 3 de maio de 2007 na Praia da Luz, no Algarve –, foi absolvido esta terça-feira, 8 de outubro, dos crimes sexuais cometidos em Portugal pelo Tribunal Regional de Braunschweig, na Alemanha. Estes não estão relacionados com Maddie.
O homem de 47 anos, que está a cumprir uma pena de sete anos de prisão na Alemanha pela violação de uma mulher americana na Praia da Luz, em 2005, foi absolvido de três violações e dois casos de abuso sexual entre 2000 e 2017, segundo a BBC. Christian Bruckner vai continuar preso até setembro de 2025, enquanto a investigação sobre a sua implicação no desaparecimento da criança britânica continua.
Entre os cinco casos, nunca investigados pelas autoridades portuguesas, está o assédio de uma criança britânica de 10 anos na Praia da Salema, no Algarve, um mês antes de Maddie ter desaparecido a poucos quilómetros de distância. O suspeito também foi julgado pelo crime de violação da irlandesa Hazel Behan, na Praia da Rocha, em Portimão, três anos antes do desaparecimento de Maddie.
O advogado de Christian Bruckner, Friedrich Fülscher, disse esta segunda-feira, 7 de outubro, que a absolvição era “o único resultado correto do caso”, porque duas das vítimas de violação, uma adolescente e uma idosa, nunca foram identificadas.
Numa das sessões do julgamento, que começou em fevereiro, uma testemunha relatou que invadiu a casa do suspeito em Portugal e que encontrou vídeos da violação de uma menina e de uma idosa com idade entre os 70 e os 80 anos. Mais tarde, uma mulher irlandesa revelou ao tribunal ter sido violada quando tinha 20 anos por um homem mascarado que invadiu o seu apartamento em Portugal, em 2004.