A vacina contra a Covid-19 desenvolvida pela Universidade de Oxford em colaboração com o laboratório AstraZeneca poderá chegar a um "grande grupo hospitalar" em Londres já na primeira semana de novembro, avançou esta segunda-feira, 26 de outubro, o jornal "The Sun".
Segundo o mesmo jornal, o governo do Reino Unido encomendou 100 milhões de doses da vacina e, apesar desta ainda estar em testes, um grande esforço foi feito para que o hospital líder mundial em Londres estivesse pronto "para avançar assim que recebesse luz verde". O porta-voz do Departamento de Saúde afirma: "Uma vacina Covid-19 só será implantada quando for comprovada como segura e eficaz por meio de testes clínicos robustos e aprovada para uso pelo regulador independente”.
A vacina de Oxford foi uma das primeiras a iniciar os ensaios clínicos em humanos tendo sido os testes suspensos, em setembro, após um dos participantes desenvolver reações adversas. A vacina começará por ser administrada em médicos e profissionais de saúde, que estão na linha da frente no combate à covid-19, e também em idosos e pessoas mais vulneráveis.
Esta notícia surge no mesmo dia em que o "Financial Times" publica os dados que dão conta de que a vacina desenvolvida pela Universidade de Oxford e pelo laboratório AstraZeneca está a produzir “uma resposta imunitária robusta” em pessoas acima dos 55 anos. Um dos porta-vozes da AstraZeneca, citado pelo "The Sun" afirma: "É encorajador ver que as respostas de imunogenicidade foram semelhantes entre adultos mais velhos e mais jovens e que a reação foi menor em adultos mais velhos, onde a gravidade da doença da Covid-19 é maior.
Segundo os resultados publicados pela "Financial Times", a vacina experimental da Universidade de Oxford estimulou a produção de anticorpos neutralizantes e de linfócitos T "em pessoas com mais idade", evitando a evolução da doença para níveis mais avançados.