Nolianni, na altura com 10 anos, começou a vomitar e a sentir dores de cabeça diariamente. Apesar de Elois Adamson, a mãe, ter levado a jovem ao hospital oito vezes, os médicos não conseguiam descobrir o que se passava e acreditavam que esta apenas tinha um problema no estômago.

Elois Adamson percebeu que algo estava errado quando viu que a pupila do olho direito de Nolianni ficou enorme de repente. Como os sintomas pioraram, decidiu levá-la com urgência ao Royal Manchester Children’s Hospital, no Reino Unido. Através de um exame oftalmológico, encontraram um inchaço na parte de trás da cabeça e, após uma ressonância magnética de emergência, diagnosticaram à jovem um meduloblastoma, um tipo de tumor cerebral.

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Nolianni, atualmente com 14 anos, fez quimioterapia intensa durante nove meses e terminou o tratamento em setembro de 2021. Contudo, exames revelaram que o cancro tinha voltado quatro meses depois, desta vez na coluna, depois da jovem começar a sentir dores de cabeça e nas pernas.

A família foi informada de que o cancro da jovem era incurável, mas que poderiam continuar a tentar diferentes tratamentos para prolongar a vida de Nolianni, tendo-os suportado durante um ano. No entanto, há cerca de quatro semanas, descobriram que o cancro se espalhou para o topo da coluna e para o cérebro, chegando ao estágio 4, o mais grave, revela o "Mirror".

Os tumores foram considerados inoperáveis, devido à sua localização, e a condição da jovem é, agora, terminal. “Foi o maior choque de todos. Eu nunca soube os sintomas de tumores cerebrais. Acho que muitas pessoas não sabem. Foi muito traumático para ela. Ela é apenas uma adolescente. Não teve uma infância adequada, não pôde ir à escola porque estava doente e perdeu a adolescência. Ela não tem muitos amigos porque não se consegue enquadrar”, contou a mãe.

O meduloblasma ocorre mais frequentemente em crianças e, embora seja raro, é o tumor cerebral mais comum entre os mais novos. Nolianni está a fazer quimioterapia para manter a sua condição estável, mas não consegue fazer sessões intensas, porque o seu corpo não aguenta.

“A condição dela precisa de muito mais atenção, porque é fatal. Assim que ouvi [o diagnóstico], pensei: ‘quem sobrevive ao cancro no cérebro?’ É um facto triste, mas é uma realidade. A maioria das pessoas que tem cancro no cérebro não sobrevive. Ela passou por tudo isso só para saber que ele voltou. É devastador”, revelou Elois.