Um feto de cerca de 10 centímetros foi removido cirurgicamente do cérebro da irmã gémea de um ano que já o carregava ainda antes de nascer. Este caso raro de "feto in feto" surgiu devido a uma malformação durante um dos estágios de desenvolvimento do embrião, e foi descoberto após os pais desconfiarem do aumento da cabeça, bem como de problemas motores da filha. A ocorrência foi registada no hospital Huashan, na China.

Mulher morre depois de carregar feto no abdómen durante 9 anos. Acreditava ser vítima de um feitiço
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De acordo com o "Daily Mail", quando descoberto, o feto já tinha desenvolvido membros superiores, ossos e unhas, o que significa que durante o processo da gestação, e até mesmo após, foi crescendo dentro do cérebro da irmã, alimentando-se do seu sangue.

Explicando mais detalhadamente, os casos "feto in feto" ocorrem quando os gémeos idênticos se juntam no útero, e o feto não viável se desenvolve fisicamente dentro do irmão. São casos extremamente raros, sendo que apenas 200 foram documentados até hoje, e desse número só 18 casos ocorreram dentro do crânio. Noutras situações, os casos foram detetados em diferentes órgãos, como na boca, intestinos, na pélvis, e até no escroto.

O caso da bebé de apenas um ano foi revelado na "American Academy of Neurology". A menina foi levada ao hospital devido ao facto de ter a cabeça com um tamanho acima da média, para além das dificuldades motoras, e foi então que os médicos descobriram, através de exames mais aprofundados, um gémeo que se encontrava pressionado contra o seu cérebro, e que sobreviveu durante tanto tempo por se alimentar do sangue da menina. 

Os especialistas não conseguem garantir, pelo menos para já, que a bebé de um ano não tenha sofrido danos a longo prazo devido a toda a situação.

Nem os próprios médicos são capazes de explicar a forma como esta condição se desenvolve, existindo ainda várias teorias, afirma o "Daily Mail". Uns defendem que o irmão gémeo saudável se liga à mãe através da placenta, enquanto o outro se agarra aos vasos sanguíneos do irmão. À medida que o bebé saudável se desenvolve, o feto não viável vai sendo absorvido para dentro do gémeo. Contudo, outros cientistas acreditam que este problema acontece devido a uma tardia divisão celular do feto, o que faz com que o mesmo se continue a desenvolver durante semanas e até meses dentro do irmão, chegando a criar ossos e membros, como no caso mencionado.

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