Esta terça-feira, 8 de dezembro, o jogo da Liga dos Campeões entre o Paris Saint-Germain e o Basaksehir de Istambul foi interrompido durante a primeira parte, depois de o quarto árbitro ser acusado pelo treinador adjunto da equipa turca de o ter chamado de "negro". Os jogadores recusaram-se de imediato a voltar ao relvado e a partida foi adiada para esta quarta-feira com uma nova equipa de arbitragem.
Em causa está a forma como o quarto árbitro se referiu a Pierre Webó, treinador adjunto, junto do árbitro principal para o identificar, após protestos do técnico adjunto, que foi depois expulso. O momento tornou-se viral e está ser considerado por muitos um marco "na luta contra o racismo".
Vários jogadores questionaram as palavras do árbitro. "Quando é um homem branco, diz apenas que é ‘aquele homem’. Então, por que é que quando é um jogador negro tem de dizer ‘este negro'?", disse Demba Ba, jogador dos turcos. A situação levou o delegado da UEFA a descer ao relvados para perceber o que se estava a passar e o árbitro Sebastian Coltescu procurou justificar-se, aparentando admitir ter dito as palavras que causaram indignação.
"Na sequência do incidente ocorrido no jogo desta noite da Liga dos Campeões entre o Paris Saint-Germain FC (PSG) e o Istanbul Basaksehir FK, a UEFA decidiu, excecionalmente, e após negociação com os dois clubes, que sejam disputados os restantes minutos da partida na quarta-feira, a partir das 18:55 (17:55 em Lisboa), com uma nova equipa de arbitragem", anunciou o organismo máximo do futebol europeu, em comunicado.
Na conta oficial do Twitter, o Istambul Basaksehir partilhou uma publicação com a mensagem oficial da UEFA a apelar ao combate ao racismo.