Dizem que os cães são os melhores amigos dos humanos, mas há vezes em que se tornam nos seus piores pesadelos. Pelo menos, é o caso de Henry Sherridan, cantor britânico de 23 anos, que foi atacado violentamente pelos cães de um amigo, tendo sido alvo de mais de 50 dentadas.

Tudo aconteceu em abril, na cidade de Preston, no Reino Unido. O artista estava a fumar um cigarro na parte exterior da casa do amigo, rodeado dos animais. O ataque foi levado a cabo por cinco cães de grande porte, da raça Bullmastiff, que ficaram violentos sem mais nem menos, de acordo com o "Daily Mail".

Os cães atiraram-se a Henry desenfreadamente, numa investida violenta que durou cerca de 45 segundos. No entanto, apesar de ter sido bastante rápido, este incidente fez com que o jovem acabasse com feridas em várias partes do corpo, já que os animais começaram a arrancar-lhe as orelhas e a morder-lhe os braços, as pernas e os pés.

bullmastiff
Foto de referência: Bullmastiff créditos: DR

Tendo em conta a gravidade da situação, o artista acredita que é uma sorte estar vivo. E só assim é, uma vez que o dono dos cães, Dan, interveio, pondo-se entre o amigo e os animais, como se de uma autêntica barreira se tratasse, e impedindo que eles o atacassem na garganta.

Ainda assim, Henry diz que a culpa do ataque foi sua. Isto porque, quando entrou no pátio, sentou-se a fumar um cigarro e não deu a atenção devida aos cães, que começaram a ressentir-se. "Eles são cães grandes, pulam e querem atenção. Eles mandaram-me o cigarro ao chão, então levantei-me e gritei", esclareceu o jovem, citado pela publicação britânica, acrescentando que foi nessa altura que começaram a atacá-lo.

"Rasgaram a minha mão e eu percebi que, se eles conseguiam fazer isso com uma dentada, precisava de cobrir a minha cara, mas deixei as orelhas destapadas", apontou, dizendo que foi aí que os cães se agarraram. "Estava a gritar de dor. Não me deixaram inconsciente e senti cada dentada", frisou.

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Henry perdeu 95% da orelha esquerda e 85% da direita, algo que o deixou sem fôlego quando se viu ao espelho pela primeira vez. A par disso, levou uma dentada quase fatal no pescoço, 18 na coxa, foi alvo de cinco lesões na cabeça, e múltiplas nos braços, tendo até o tendão do pé sido arrancado.

Depois do acidente, foi levado para hospital numa ambulância. Ficou internado durante duas semanas e foi submetido a algumas cirurgias, pelo que levou dois enxertos de pele na perna esquerda – e, agora, está numa lista de espera, que pode ir até 18 meses, para poder obter próteses para as orelhas. 

No que aos cães diz respeito, nada lhes aconteceu. Os animais continuam a viver com o seu amigo, que será obrigado a passeá-los de açaime e a mantê-lo longe de crianças.