Isaiah Jarrett, um menino de 8 anos de Birmingham, Inglaterra, morreu com um tumor cerebral agressivo que os médicos julgavam ser um problema no estômago. Oito meses é o período de tempo que separa o diagnóstico com meduloblastoma, um tipo de tumor cerebral, e a morte de Isaiah. A criança tinha episódios de vómito compulsivo e os médicos julgavam que se tratava de uma gastroenterite. Mais tarde começou a vomitar sangue, a sofrer com rigidez no pescoço e dores de cabeça.

Tinha dores de cabeça constantes e médicos disseram-lhe ser stresse. Descobriu um tumor no cérebro graças à Internet
Tinha dores de cabeça constantes e médicos disseram-lhe ser stresse. Descobriu um tumor no cérebro graças à Internet
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Passadas cinco semanas o menino não melhorava e a mãe, Dena Allen, de 36 anos, exigiu que fizessem uma tomografia computadorizada (TAC) à criança. Foi assim que se descobriu um tumor do tamanho de uma bola de golfe no cérebro de Isaiah.

“A minha mente ficou em branco e caí de joelhos. Pensei que poderia ter algo a ver com a barriga dele, nunca num milhão de anos eu esperava ouvir que o meu filho tinha um tumor no cérebro”, disse a mãe citada pelo “The Mirror” sobre o momento em que recebeu o diagnóstico real do filho.

Após ser submetido a uma cirurgia de 15 horas, descobriu-se que aquele tumor era um cancro agressivo e o menino perdeu imediatamente a voz devido à posição em que o nódulo se encontrava. Passou cinco semanas nos cuidados intensivos onde foi submetido a uma traqueostomia. "Depois da sua primeira cirurgia dia 20 de dezembro, nunca mais ouvi a voz de Isaiah. Ele finalmente aprendeu a comunicar por gestos e sussurros. Tudo o que poderia dar errado, deu errado.", confessou Dena.

“Isaiah sofria de inchaço e de acumulação de líquido, o que significa que ele fez sete cirurgias no total, em todas me disseram que poderiam matá-lo. És confrontado com uma decisão impossível enquanto pai que quer o melhor para o teu filho”, disse a mãe à mesma publicação.

Dena viu-se obrigada a despedir-se do emprego para cuidar do filho. Este foi submetido a intensas sessões de quimioterapia e radioterapia, mas isso não impediu que o cancro se alastrasse para o tronco cerebral e para a coluna. A mãe foi então informada de que não havia tratamento possível para Isaiah e este acabou por morrer em casa rodeado pela sua família a 20 de julho de 2022.

Após a morte do filho Dena juntou-se à instituição de caridade Brain Tumor Research e em fevereiro começa um desafio de completar 10 mil passos por dia para angariar fundos para a instituição. O seu objetivo é aumentar a consciencialização sobre a doença. "O meu principal objetivo este ano é lutar para divulgar e falar sobre os tumores cerebrais. Precisamos de entendê-los completamente para poder fornecer um tratamento melhor e, eventualmente, uma cura para impedir que outras pessoas sofram dessa doença cruel”, partilhou Dena.