Um grupo de candidatas a comissárias de bordo foi forçado a despir-se e ficar apenas em roupa interior durante o processo de seleção para trabalhar na Kuwait Airways. A Meccti é a empresa responsável pelo processo de recrutamento para a companhia aérea.

Segundo testemunhos dados ao  "El Diario",  a primeira mulher a ser entrevistada “saiu a chorar e disse que a obrigaram a tirar quase toda a roupa, exceto as cuecas”. As candidatas seguintes confirmaram. Também contaram que lhe perguntaram a sua data de nascimento, peso, altura e se tinham tatuagens visíveis. Depois, pediram-lhes que levantassem o vestido e desapertassem o fecho das costas, dizendo que era para verificar se não tinha cicatrizes, marcas de nascença ou tatuagens.

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Um dos candidatos à posição contou, também, que a primeira prova passava por falar em inglês. No entanto, os recrutadores “recusavam pessoas que falavam inglês super bem”, porque “com 37 anos, já eram velhos demais”. Além disso, os três candidatos do sexo masculino selecionados foram informados de que não seriam contratados porque a companhia aérea apenas emprega homens do Kuwait, na Ásia.

Candidatas mulheres com cicatrizes, acne, acima do peso pretendido, óculos e aparelho eram desclassificadas, mesmo que tivessem competências como falar sete línguas. Estas afirmam que se sentiram como “um animal no jardim zoológico”, enquanto eram observadas em roupa interior e os recrutadores faziam anotações num caderno.

Para além deste processo, os selecionados tinham ainda de pagar 1.900€ como garantia porque a empresa ia “investir muito dinheiro” e precisavam de saber que estes não iam voltar atrás caso fossem eleitos.

O processo de seleção decorreu dia 5 de novembro de 2022 no Hotel Meliá Barajas, perto do Aeroporto de Madrid. No anúncio do recrutamento pediam “uma excelente apresentação geral”. A Inspeção do Trabalho espanhola abriu uma investigação contra a Meccti, apesar de nenhum dos envolvidos ter apresentado queixa. Esta é uma prática totalmente ilegal em Espanha e em vários outros países. Se for considerado crime, o caso é levado para o Ministério Público.

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