Ex-jogadores de futebol como Luís Figo, Iker Casillas e Ronaldinho Gaúcho são algumas das personalidades que estão associadas ao esquema de burla da OmegaPro, que lesou até agora, pelo menos, três milhões de pessoas. Entre elas, conhecem-se 156 portugueses.
Segundo o “Público”, a OmegaPro é uma entidade fundada pelo sueco Andreas Szakacs, o alemão Dilawar Singh, o austríaco Robert Velghe e o norte-americano Mike Kiefer. No final de 2018, apresentava-se como uma empresa de investimento e marketing baseada em produtos financeiros, sediada tanto no Dubai como em Londres. Atualmente, está a ser investigada pelas autoridades do Congo e do México, que foram as primeiras a abrir as investigações, e pela França e Estados Unidos, a partir deste ano. Andreas Szakacs já foi detido na Turquia, em julho.
Os ex-futebolistas estiveram envolvidos na promoção do esquema quando decidiram, por exemplo, jogar na primeira edição da OmegaPro Legends Cup, a 12 de maio de 2022, um evento que chegou a ser, inclusivamente, apoiado pelo Dubai Sports Council (semelhante ao que seria o Instituto do Desporto em Portugal). Para além dos nomes já citados, marcaram também presença ex-estrelas do futebol como Kaká, Youri Djorkaeff, John Terry, Marco Materazzi e Wesley Sneijder.
O esquema começava por um investimento mínimo de 100€. Entretanto, a empresa instigava a que o mesmo fosse cada vez maior, apresentando um quadro com várias categorias que habilitavam a prémios monetários, eletrodomésticos, computadores, telemóveis, viagens ou o acesso exclusivo a eventos de luxo, que reuniam também figuras públicas como atores de Hollywood como o norte-americano Steven Seagal.
A empresa negociava em Forex (Foreign Exchange Market), um tipo de mercado de câmbio que lucra com as flutuações dos valores das moedas, por isso, os investidores tiveram de transferir o dinheiro para a OmegaPro em criptomoedas.
Para o negócio, havia um quadro de progressões. Este começava pelo que intitulavam como Associado, em que o investimento inicial estava entre os 366€ e os 550€, e ia até a patamares em que o mínimo a investir era cerca de 17.000.000€, designado como o Diamante Presidencial. Cada lesado investiu, em média, cerca de 120.000€, um negócio que, em 16 meses, iria render até 300%.