Aconteceu no início de dezembro e gerou o caos no lar Hemelrijck, em Mol, na Bélgica. O Pai Natal visitou os residentes do lar, mas quando o fez não sabia que estava infetado pelo novo coronavírus. Desde então, aquela única visita resultou na infeção de 121 idosos e de 36 funcionários. Até à data, já morreram 18 idosos e espera-se que a situação venha a piorar.

A previsão é de Wim Caeyers, presidente da Câmara de Mol, que, em declarações aos jornalistas locais, disse que os próximos dez dias serão muito difíceis no que toca à evolução do surto no lar.

A visita do Pai Natal, que na verdade era um filho de um dos idosos residentes no lar, aconteceu a 6 de dezembro. Nas regiões da cultura flamenga, é nessa altura que se procede à entrega dos presentes de Natal, que terá motivado o contexto para que a visita acontecesse mesmo em contexto pandémico. O homem por debaixo do fato da figura natalícia, no entanto, só viria a descobrir dias mais tarde que estava infetado quando foi sujeito a um teste de despiste ao vírus.

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Questionada pelos jornalistas, a autarquia diz que o homem que se vestiu de Pai Natal "não se sentia doente no momento da visita" e que essa "atividade não foi discutida junto das autoridades de saúde".

Caso tivesse sido, o presidente da Câmara não tem dúvidas de que "teria sido dado um aval negativo" quando à sua realização. Apesar disso, a autarquia garante que o homem não só não entregou presentes como não esteve em contacto direto com os pacientes, limitando-se apenas à áreas comuns do lar, em declarações à CNN.

Ainda que a maioria dos casos seja composta por pessoas assintomáticas ou com sintomas ligeiros, o número de infeções tem vindo a aumentar de forma exponencial. A 14 de dezembro, por exemplo, o número de infeções estava fixo nos 75 casos e havia um óbito a lamentar. Duas semanas depois, o aumento foi de 82 novos casos, com um total de 157 infeções.

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