O autor do tiroteio que ocorreu na tarde desta quinta-feira, 21 de dezembro, na Universidade Carolina de Praga, na República Checa, foi David Kosak, um jovem de 24 anos que estudava neste estabelecimento de ensino. Neste ataque, pelo menos 14 pessoas morreram e mais de 25 ficaram feridas, das quais dez estão em estado grave. Antes de se dirigir ao local ainda terá matado o pai.
A polícia afirmou que o corpo do atirador tinha sido encontrado na área em que realizou o tiroteio e sugeriu que o jovem se tinha suicidado quando os agentes se aproximaram dele. Contudo, “a polícia também usou uma arma de serviço”, segundo Martin Vondrasek, chefe da polícia. “Havia uma grande quantidade de munições e, se a polícia não tivesse entrado no edifício a tempo, o autor do crime não estaria morto no telhado e teria havido muito mais vítimas”, garantiu.
A polícia iniciou as buscas por David Kosak após terem encontrado o corpo de um homem numa aldeia a cerca de 30 quilómetros da capital. “Um homem que teve uma morte violenta, foi encontrado em Hostouni durante a tarde. Em ligação com isto, começámos uma busca por outro homem, nascido em 1999, que é suspeito desta atividade violenta”, adiantaram os agentes da polícia ao jornal “MF DNES”, acrescentando que a vítima seria pai do suspeito.
Após matar o pai, o jovem, que era proprietário legal de várias armas, dirigiu-se à Faculdade de Letras, onde estava a decorrer uma palestra. Martin Vondrasek revelou que tiveram conhecimento de que um jovem de 24 anos, estudante de História na universidade, se dirigia a Praga a dizer que queria acabar com a própria vida.
As autoridades ordenaram a evacuação da Faculdade de Letras por voltas das 14 horas locais, mas o tiroteio decorreu na Faculdade de Filosofia por volta das 15 horas locais. Enquanto alguns fugiram, outros esconderam-se debaixo do parapeito de uma janela no topo do edifício. Há relatos de que uma pessoa morreu depois de ter caído.
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Este crime foi “inspirado por um acontecimento terrível semelhante”, o de Alina Afanaskina, uma estudante de 14 anos que foi autora de um tiroteio numa escola na Rússia, matando 2 pessoas antes de se suicidar. A jovem utilizou uma arma do pai e terá cometido o crime por sofrer de bullying desde a escola primária e porque tinha alguns conflitos com outros alunos no estabelecimentos que frequentava, segundo o canal Times Now.
Por enquanto, não há indicação de que o crime “tenha qualquer relação com o terrorismo internacional”, contudo o jovem mantinha um diário em russo na aplicação Telegram, onde contava a sua “vida antes do tiroteio”. “Quero fazer um tiroteio numa escola e possivelmente suicidar-me, Alina Afanaskina ajudou-me demasiado”, terá escrito David Kosak a 10 de dezembro, assim como que “sempre quis matar”. As motivações do jovem também ainda não são conhecidas.
A polícia também está a investigar se David Kosak terá matado a tiro um pai de 32 anos e a filha bebé de 2 meses numa zona florestal em Klanovice, perto de Praga, segundo o "Daily Mail". Este crime ocorreu apenas cinco dias depois da publicação dos posts perturbadores do jovem no Telegram. Apesar de mais de 250 polícias terem sido enviados para realizar buscas na zona e ter sido utilizado um helicóptero com imagens térmicas para vasculhar a área, o autor nunca foi encontrado. Agora, investigam se os dois crimes poderão estar relacionados.