Francisco de Jorge, presidente do Tribunal Central de Instrução número 1 da Audiência Nacional, proibiu Luis Rubiales de se aproximar a menos de 200 metros de Jenni Hermoso, a quem deu um beijo na boca na entrega de medalhas após a vitória da seleção espanhola na final do Mundial de futebol feminino. O antigo presidente da federação espanhola também não pode comunicar com a futebolista por qualquer meio durante a investigação, na qual está acusado de agressão sexual e coação.
Num despacho emitido esta sexta-feira, 15 de setembro, depois de Rubiales ter prestado declarações em tribunal, foi rejeitado que esse raio fosse de 500 metros, assim como pedia o Ministério Público, e o ex-dirigente não é obrigado a comparecer quinzenalmente em tribunal, medida proposta pela acusação para garantir que este se mantinha à disposição das autoridades.
Além disso, também foi rejeitado o pedido do representante de Jenni Hermoso, que solicitou a apreensão preventiva dos bens do antigo presidente da federação espanhola, revela o jornal "ABC".
Rubiales esteve durante 50 minutos a responder às perguntas do juiz, da tenente procuradora Marta Durántez, da equipa jurídica da futebolista e do seu próprio advogado para tentar provar que o beijo foi consensual e que não houve coação. O ex-presidente abandonou a Audiência Nacional ao fim de uma hora, sem prestar declarações à imprensa.
Rubiales anunciou que se iria demitir durante a entrevista que deu a Piers Morgan, transmitida na terça-feira, 12 de setembro, onde comparou o beijo dado à futebolista aos que dá as suas filhas. Apesar de ter admitido que cometeu “um erro” e pedir desculpas, afirmou que “em nenhuma circunstância aquilo é uma agressão sexual”.