Esta terça-feira, 12 de setembro, foi transmitida a entrevista de cerca de uma hora que Luis Rubiales concedeu ao jornalista Piers Morgan, em Londres, para o programa "Piers Morgan Uncensored". O tema principal foi, claro, o beijo não-consensual que o entrevistado deu à jogadora Jenni Hermoso.

"Não houve dano, nenhum conteúdo sexual, nenhuma agressão, nada disso. O significado do beijo à Jenni foi exatamente o mesmo de um beijo a uma das minhas filhas", garantiu Rubiales, sobre o beijo que deu à jogadora a 20 de agosto, data em que a seleção feminina espanhola venceu a Inglaterra no Mundial de futebol feminino em Sidney, na Austrália.

Rubiales em entrevista a Piers Morgan sobre beijo a Jenni Hermoso. "Em hipótese alguma isso é agressão sexual"
Rubiales em entrevista a Piers Morgan sobre beijo a Jenni Hermoso. "Em hipótese alguma isso é agressão sexual"
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"Cometi um erro, peço desculpas, mas sejamos claros: em nenhuma circunstância aquilo é uma agressão sexual. Tenho total confiança em que a verdade virá à tona e tudo ficará bem. Olhem-me nos olhos, sou um homem bom", continuou, assim como cita o jornal "A Bola".

O espanhol, que este domingo se demitiu da presidência da Federação espanhola, disse que o beijo foi "um momento muito feliz, uma celebração, um momento de euforia". Sobre a demissão, disse que "é melhor sair". "Eu amo o meu país e não quero que isto o afete. Estamos na corrida para o Campeonato do Mundo de 2030. Lutámos muito por isso. Não quero ser egoísta", referiu.

Durante a entrevista, Piers Morgan tentou, por várias vezes, que Rubiales pedisse desculpa a Jenni Hermoso — mas sempre sem sucesso. "Tivemos um ato espontâneo, mútuo, que ambos consentimos, e que surgiu da emoção do momento, a felicidade. Por isso, mantenho que essa é a verdade acerca do que aconteceu", retorquiu.

"O que aconteceu foi mau para todos. Resta-me defender a minha dignidade", acrescentou o espanhol de 46 anos, assim como menciona o "The Mirror". "Um presidente não pode comportar-se daquela forma para com a equipa. Um presidente pode dar um abraço, mas precisa de agir de forma mais diplomática e fria", reconheceu, ainda.