Em agosto, foram descobertas ligações entre o predador sexual condenado Jeffrey Epstein e um dos filhos da rainha Isabel II, o príncipe André. Foram divulgadas fotografias do duque de York nas mansões do empresário e chegaram a público relatos de que teria feito sexo com uma jovem menor de idade.
O pai de Beatrice e Eugenie viu-se obrigado a dar uma entrevista à “BBC 2” para tentar explicar-se e diminuir os danos. Nessa altura explicou que ficou em casa de Epstein foi conveniência, negando também as alegações de sexo com menores. A entrevista foi considerada um fiasco o que levou a que os trabalhos do filho da rainha tenham sido suspensos e que este tenha sido expulso do seu escritório, no Palácio de Buckingham.
Agora, foi a vez de a alegada vítima falar. Virginia Roberts deu uma entrevista à “BBC ”, que foi gravada há um mês, onde explica a sua versão dos factos, dizendo que foi forçada por Epstein a fazer sexo com o príncipe André aos 17 anos.
“Isto não é uma história sórdida de sexo, isto é uma história sobre ter sido traficada, isto é uma história de abuso e isto é uma história sobre a vossa realeza”, começou por explicar Virginia Roberts na entrevista que foi emitida esta segunda-feira, 2 de dezembro. A mulher agora com 35 anos alegou ainda ter sido traficada pelo empresário norte-americano e entregue ao príncipe André três vezes, entre 2001 e 2002: um em Londres, outra em Nova Iorque e uma terceira vez numa ilha privada nas Caraíbas.
“Não durou muito”, explicou na entrevista. “Ele levantou-se, agradeceu e eu sentei-me na cama horrorizada, envergonhada e a sentir-me suja”. Na entrevista que deu há semanas, o alegado agressor nega. “Ele sabe o que aconteceu. Eu sei o que aconteceu e há apenas um de nós que está a dizer a verdade, e eu sei que sou eu”, acrescentou.
Sobre a fotografia que circulou que mostra o duque de York agarrado a Roberts – e que o membro da realeza diz “não acredita ter sido tirada na medida em que a fotografia sugere” – a mulher diz: “Acho que o mundo está farto de desculpas ridículas. É uma fotografia real. Dei-a ao FBI para uma investigação e é uma foto autêntica”, esclareceu.