Marílio Costa Leite, o atleta de 49 anos que estava desaparecido desde domingo, 18 de julho, foi encontrado sem vida na noite desta terça-feira, 20, a "três ou quatro quilómetros do local onde tinha desaparecido", explica fonte dos Bombeiros Voluntários do Marco de Canaveses ao jornal "Observador".

Já o sargento Josias Alves, da Proteção Civil Municipal, refere que o corpo foi encontrado "num local onde não se julgava ser possível", tendo em conta a última vez que o atleta tinha sido visto. "Os relatos que chegaram foi de que Marílio estaria sentado, já com as pernas feridas, fruto de duas quedas que tinha dado", explica Alves, citado pelo mesmo jornal.

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Baseando-se nos testemunhos que a Proteção Civil foi recebendo, de que o atleta teria "os membros inferiores bastante trémulos", todos os operacionais e voluntários — que acabaram por descobrir o corpo — envolvidos nas buscas julgaram que Marílio Costa Leite nunca "seria capaz de percorrer tal distância".

A tese das autoridades para o que terá acontecido é a de que "o atleta, presumivelmente desorientado", terá caído "de uma ravina com cerca de cinco metros", ficando a "150 metros de uma habitação", tal como explica Luís Alves, comandante do Destacamento da Guarda Nacional Republicana (GNR) de Amarante, ao "Jornal de Notícias". "Dados os indícios, era um local muito pouco provável para ser encontrado. Houve varrimento da zona, mas havia poucos vestígios da queda", continua.

Ressalvando o facto de só a autópsia ser capaz de desvendar as causas da morte, Luís Alves diz que, "aparentemente, não parece haver indícios de crime, tendo ao queda, ao que tudo indica, ter sido provocada por desorientação".

O atleta terá sido visto pela última vez no domingo, a três quilómetros da meta da prova Rota das Capelas. Quando um outro atleta se cruzou com Costa Leite ao quilómetro 17, junto à zona das Pedras Brancas, o colega ter-lhe-á perguntado se precisaria de ajuda, ao que Marílio Costa Leite respondeu que "estava a descansar".

O que se sabe, no entanto, é que o atleta não continuou o percurso e nunca chegou a cortar a meta. O alerta foi dado às 14 horas de domingo.

Nesta fase, sabe-se que já foi aberto um inquérito no Ministério Público para investigar a morte, tal como explicou Luís Alves, capitão da Guarda Nacional Republicana, à TVI, citado pelo "Observador".