Há mais 111 mortes e 1.502 novos casos de infeção em Portugal pelo novo coronavírus. São estes os dados divulgados esta terça-feira, 16 de fevereiro, pela Direção-Geral da Saúde (DGS), no novo boletim epidemiológico.

Estes números surgem numa altura em que se prevê que as restrições que impedem a realização de voos diretos entre Portugal e o Reino Unido possam ser levantadas ainda antes do verão.

Voos entre Portugal e o Reino Unido devem voltar antes do verão, garante ministro
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Esta terça-feira, 16 de fevereiro, Augusto Santos Silva, o ministro dos Negócios Estrangeiros, salientou ao jornal britânico "Daily Telegraph" que as restrições devem ser mantidas por mais algumas semanas, mas mostrou-se positivo quanto ao regresso das ligações aéreas diretas entre Portugal e o Reino Unido, principalmente numa época em que os efeitos do segundo confinamento começam a ser visíveis no número de novos casos de COVID-19 registados diariamente.

"Esperamos que dentro de semanas possamos ultrapassar esta situação e possamos voltar à ligação normal entre o Reino Unido e Portugal”, disse Augusto Santos Silva, acrescentando que espera “poder restabelecer a ligação antes do verão", salienta o "Observador", citando a Agência Lusa.

Nas mesmas declarações, o ministro considerou a inclusão de Portugal nas listas de países de risco (cujos viajantes para Inglaterra têm de cumprir uma quarentena de 10 dias num hotel designado pelas autoridades a um custo de 1.750 libras, cerca de 2.000€, por pessoa) uma atitude "inútil".

"Não é necessário colocar Portugal na lista vermelha deste mês porque o governo [português] prolongou a proibição de viajar para o estrangeiro“, justificou Augusto Santos Silva, que também alegou não existirem sinais da prevalência das variantes identificadas no Brasil ou África do Sul em território nacional.

Atualmente, com as ligações diretas entre Portugal e o Reino Unido interrompidas, só é possível circular entre os dois países fazendo escala em Madrid, Paris ou Dublin, mas apenas se os passageiros apresentarem uma justificação para a viagem, como o regresso à residência ou local de trabalho. Além disso, os passageiros também têm de ter um comprovativo de teste à COVID-19 feito até 72 horas antes do voo, e um resultado negativo, claro está.