A diretora-geral da Saúde, Graças Freitas admitiu que estão a ponderar fazer testes retrospetivos nos pacientes que tiveram situações de problemas respiratórios nos primeiros meses do ano. Na conferência de imprensa, que serviu para atualizar os números mais recentes sobre a pandemia de COVID-19 em Portugal, Graças Freitas admitiu que esta é uma possibilidade que está a ser estudada por um grupo de especialistas da DGS.

“É uma questão muito complexa mas está a ser ponderada de acordo com a informação publicada e das orientações da OMS”, garantiu esta quinta-feira, 6 de maio.

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Esta possibilidade surge numa altura em que foram identificados casos de COVID-19 em França algumas semanas antes dos primeiros registos oficiais. Estes testes retrospetivos estão a ser aplicados em vários países.

Nesta conferência de imprensa, a diretora-geral da Saúde também explicou o porquê de existirem algumas pessoas assintomáticas, dadas como curadas, mas que registam valores positivos para a infeção. “Pode ser por terem partículas de ARN [que tem informação genética] do vírus, não significando que têm a doença, nem que estão infecciosas — isto de acordo com a informação científica à data. Há partículas do vírus que podem ficar no trato respiratório superior, mas não significa que têm a doença nem que transmitem o vírus”.

Graças Freitas admitiu ainda a possibilidade de testar os professores, depois de ter sido feito um pedido neste sentido por parte da FENPROF. “O que vos posso dizer é que analisamos essas situações. Há uma política para testar em lares, sobretudo os trabalhadores, há para os estabelecimentos prisionais e para as creches. Estão a ser analisadas outras situações que requeiram o mesmo acompanhamento”.

Esta quinta-feira, 6 de maio, Portugal conta com 26.715 infetados e com 1.105 mortos.