Há mais 234 mortes e 13.987 novos casos de infeção em Portugal pelo novo coronavírus. São estes os dados divulgados esta sexta-feira, 22 de janeiro, pela Direção-Geral da Saúde (DGS), no novo boletim epidemiológico. O número de mortes volta a aumentar, são mais 13 mortes do que as registadas esta quinta-feira, 21, um total de 221. É também o pior dia de sempre em internamentos: mais 149.

O Plano de Vacinação contra a COVID-19 em Portugal continua em curso e esta quinta-feira, 21 de janeiro, a Secção Regional do Centro (SRC) da Ordem dos Enfermeiros deu conta de situações em que vários profissionais de saúde após receberem a segunda dose da vacina contra a COVID-19 "manifestaram efeitos secundários incapacitantes", que não os permitiu trabalhar. Entre os efeitos adversos estão dores fortes, febre, cansaço, mialgias intensas e cefaleias — previstos pela farmacêutica Pfizer como possíveis.

Apesar dos casos registados, a Autoridade Nacional do Medicamento esclarece "revelam uma incidência de efeitos indesejáveis em cerca de < de 1% de todos os cidadãos vacinados". Já o enfermeiro Ricardo Correia de Matos, presidente da SRC da Ordem dos Enfermeiros, sustenta que a preocupação não é a vacina, mas o facto de a administração ao mesmo tempo poder colocar em causa a garantia de recursos humanos nos hospitais.

Ainda sobre o Plano de Vacinação, de acordo com o coordenador Francisco Ramos, os titulares de altos cargos podem vir a ser integrados nos grupos prioritários, justificando que "é essencial estarem protegidos". O mesmo acontece com bombeiros e Forças Armadas, cujo critério deverá passar por considerar "qual é a participação destas entidades na proteção para a pandemia e na execução do plano de vacinação?", diz ao semanário "Expresso".