O aumento do número de novos casos de COVID-19 em Portugal está a levar várias autarquias a alterar os festejos previstos para a passagem de ano.
Esta quarta-feira, 1 de dezembro, Rui Moreira, presidente da Câmara do Porto, confirmou o cancelamento dos festejos de rua e do fogo-de-artifício agendado para a passagem de ano. Quanto ao concerto dos GNR que estava agendado para o último dia do ano, no Queimódromo, foi antecipado para a véspera, no Pavilhão Rosa Mota.
"Será gratuito para os portadores do cartão 'Porto.'. As pessoas terão é de ter a vacinação completa", afirmou o autarca portuense, citado pelo "Jornal de Notícias". "Vamos evitar a concentração nas ruas por essa razão. Era nossa intenção fazer o fogo-de-artifício na praia, mas as circunstâncias são o que são e temos de nos ajustar", acrescentou, esclarecendo que foram cancelados todos os festejos de rua.
Também esta quarta-feira, 1 de dezembro, o primeiro-ministro admitiu tomar novas medidas para o Natal e passagem de ano caso "seja necessário".
"Temos de estar sempre atentos para tomar uma nova medida caso ela seja necessária. O que é que nós todos desejamos? Que ela não seja necessária. O que é que nós devemos ter presente? Se for necessária, cá estaremos para adotar essas medidas", disse António Costa aos jornalistas, citado pela CNN Portugal.
Para já, não estão impostas restrições para estas datas festivas. Contudo, no dia em que anunciou que Portugal ia entrar em estado de calamidade, o primeiro-ministro apelou a que todos os portugueses realizem testes à COVID-19 antes de se juntarem, de modo a evitar possíveis contágios.
Nesse dia ficou ainda estipulado que haverá uma semana de "contenção de contactos", de 2 a 9 de janeiro, para evitar que as pessoas se juntem após as duas datas festivas. Nesta semana, bares e discotecas estarão encerradas, o teletrabalho é obrigatório e a escolas estarão também fechadas (começando o segundo período só a 10 de janeiro).