
Carloto Cotta enfrenta os juízes esta quinta-feira, 2 de outubro, sobre a acusação de ter violado uma mulher de 43 anos, em 2023, entre outros crimes.
O ator português tem um novo advogado e é agora representado por Rui Patrício, conhecido advogado do Benfica e do caso BES. A defesa de Carloto Cotta vai ainda apresentar novas provas, como fotografias da vítima no interior da casa do ator, segundo refere o "Correio da Manhã", que têm como objetivo clarificar que a vítima não foi forçada a ficar na residência.
O artista é acusado de nove crimes depois de o Ministério Público ter ouvido os relatos de uma mulher de 43 anos que envolviam cenas sexuais e de agressão física terríveis. A vítima garante ter sido agarrada à força pelos braços e obrigada a ter atos sexuais e a ficar presa na casa do ator português em Colares, Sintra.
Na altura em que foi interrogado, o ator negou todas as acusações, mas a procuradora valorizou o depoimento da alegada vítima, segundo o “Correio da Manhã”, com a acusação a basear-se assim neste testemunho.
Ao que tudo indica, o Departamentos de Investigação e Ação Penal de Sintra considerou existirem indícios suficientes para acusar Carloto Cotta de violação, importunação e coação sexual, sequestro, ameaça agravada, injúrias e ofensas à integridade física da mulher a 28 de fevereiro. Segundo a acusação, o ator e a vítima conheceram-se em janeiro de 2023, e o caso deu-se meses depois, a 3 de maio. Nesse dia, a mulher foi convidada por Carloto Cotta a visitar a sua casa em Colares, e o ator encaminhou a vítima para o seu quarto.
Lá, alegadamente, “mostrou um preservativo XL” e “exibiu os órgãos genitais”, e a mulher, desconfortável, disse que queria ir embora, mas percebeu que a porta de casa estava trancada. Usando a força, o ator deitou-a no sofá, pôs-se em cima dela para a prender, masturbou-se, obrigando-a a fazer-lhe sexo oral, tendo depois mantido a vítima “ao pé de si a ouvi-lo citar poesia até de manhã”. Além disso, segundo o Ministério Público, o ator terá dito à mulher que tinha uma dívida a traficantes de droga, e depois de a vítima se ter recusado a ajudar, ameaçou-a a si e aos seus filhos “de morte”.
De seguida, bateu-lhe com um livro na cabeça, e obrigou-a a lavar a loiça enquanto “lhe batia e cuspia”, voltando a ameaçá-la e dizendo que chamaria “dois amigos” para a violarem. “O suspeito disse que ia à cozinha buscar uma faca e que ‘a cortava em pedaços e a dava de comer aos cães, como já fizera com outras’”, disse ainda o “Expresso”.
Foi nessa altura que a vítima conseguiu escapar e saltar pela janela do primeiro andar da casa, pedindo ajuda a dois homens que estavam a passar pelo terreno.